As áreas de Exatas, Biológicas e Humanas reúnem-se na formação da Engenharia Biomédica

Apesar de nova, a Graduação em Engenharia Biomédica vem para suprir a antiga necessidade do mercado em propor soluções em Saúde vindas de diferentes áreas

A Engenharia Biomédica é uma área em expansão. Exercida com alto grau de excelência, colabora transformando o mercado da saúde positivamente com uma velocidade extraordinária. Tal resultado deve-se a duas importantes características presentes em sua essência: a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade.

Essa área da ciência mescla conhecimentos de exatas, biológicas e humanas. Por isso, incentiva a formação de grupos de trabalho em projetos que proponham soluções, contribuindo com o avanço e a promoção da saúde. “Ela é a engenharia da modelagem matemática, tecnológica e computacional da Saúde, atuando em conjunto com a gestão do setor”, afirma o coordenador da Graduação em Engenharia Biomédica da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE) e Biólogo Welbert Pereira.

Grandes empresas que antes formavam times para solução de problemas com profissionais de diferentes formações – como Médicos, Biomédicos e Farmacêuticos – perceberam a falta da intersecção de diálogo e compreensão dessas várias áreas. “E a Engenharia Biomédica veio para desempenhar esse papel. Ela é o tecido que conecta variados universos do conhecimento”, resume Welbert.

O Engenheiro Biomédico bem-preparado traz significativa parcela de cada um desses elementos em sua formação básica. “Sua principal contribuição para o mercado da saúde é a transformação com eficiência”, analisa o especialista.

Esses aspectos são fundamentais tanto para aprimorar como para criar abordagens inovadoras aplicadas na prevenção, diagnóstico e terapia de doenças. Essa área dedica-se ao desenvolvimento e produção de próteses, instrumentos médicos, equipamentos de diagnóstico e pesquisa.

Os Engenheiros Biomédicos somam habilidades e conhecimentos para ocuparem cargos em hospitais e estabelecimentos de saúde (administração e engenharia clínica), indústrias e empresas da área Médica, além de universidades.

Alunos da Graduação de Engenharia Biomédica do Einstein contam suas perspectivas

Júlia Balarin Graziani, 19 anos, formou-se na primeira turma do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Enfermagem da Escola Técnica do Einstein. Chegou a trabalhar nessa área e a fazer um ano de cursinho para ter novas experiências. Após esse período, decidiu pela Graduação de Engenharia Biomédica da FICSAE. “A minha sensação é de realização e muito orgulho por fazer parte de um grupo que abrirá portas para outros alunos que optarem por essa formação”, conta.

A aluna é curiosa por natureza e desde criança deixava clara a sua inclinação por cuidar das pessoas. “Primeiro eu pensava em fazer Medicina, mas não tinha certeza, e com o Ensino Médio Técnico nasceu um afeto pela Enfermagem, mas eu queria algo que me proporcionasse criar soluções em saúde. Até que encontrei na Graduação em Engenharia Biomédica todos esses atributos”, diz Júlia.

Para ela, a área é desafiadora. “A aplicação de todos os conhecimentos com um olhar amplo exige empatia e vontade de aprender sempre mais, compreendendo os anseios dos profissionais envolvidos e as dores dos pacientes”, conclui a aluna.

Yuri Castriota Beral Silva, 18 anos, estuda com Júlia e descobriu a nova Graduação de Engenharia Biomédica da FICSAE por meio de uma pesquisa na internet sobre suas áreas de interesse com foco em encontrar uma formação condizente com suas aptidões. “O meu propósito sempre foi ajudar as pessoas. Eu me sinto muito feliz podendo fazer algo que possa melhorar a vida delas”, conta.

O estudante não esconde a sua atração pela Tecnologia e pela Biologia. “Cheguei a pensar em Medicina, mas também me sinto um inventor. Gosto de pesquisar e buscar resoluções para os problemas e, ao mesmo tempo, também sou organizado e gosto de fazer a gestão de trabalhos tanto em grupo como nos meus estudos pessoais”, reflete.

No futuro, ele quer se dedicar à pesquisa para desenvolver próteses e equipamentos ligados à Inteligência Artificial. “Vejo que é uma área em expansão, pouco explorada e divertida. Eu acho que precisamos trabalhar em algo que gostamos para também sentirmos prazer e bem-estar”, ressalta Yuri.

Os atributos da Engenharia Biomédica também chamaram a atenção de Sabrina Jimenez de Souza. Ela terminou o Ensino Médio em 2021 e já tinha escolhido a área, mas esperou a abertura da primeira turma do curso na FICSAE para participar exclusivamente do processo de seleção. “Eu gostei da proposta do Ensino da Instituição e resolvi esperar, já que as outras universidades não ofereciam o que eu procurava”, relembra.

Hoje, aos 19 anos, ela se sente feliz com a sua escolha, por gostar muito de exatas e ter facilidade com a biológicas, além de curiosidade em aprender mais sobre disciplinas humanas. “Essa Graduação junta tudo isso e eu ainda gosto muito de contribuir com mais alegria para as pessoas. Eu acho que seres humanos saudáveis são mais felizes”, sorri.

A metodologia colaborativa do Ensino Einstein é, para ela, a melhor forma de ensino-aprendizagem. “Eu acredito que para não decorar – e, sim, compreender – as disciplinas novas com as quais eu não estava acostumada na escola, esse é o melhor método para uma boa formação. Eu quero ser uma boa profissional e ter diferenciais que me valorizem futuramente, tanto como pessoa quanto como profissional”, finaliza.

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