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Quer ser um líder em Enfermagem? Então esse texto é para você

A liderança é característica do Enfermeiro, que deve desenvolver a comunicação, solucionar conflitos entre as equipes, pacientes e familiares e tomar as melhores decisões para o cuidado

Muito além das capacidades técnicas, a prática da liderança na Enfermagem evoluiu junto com a profissão, demandando cada vez mais conhecimentos associados a competências socioemocionais. Esta é uma realidade valorizada no mercado de trabalho, diretamente ligada às habilidades de lidar com as intercorrências comuns ao ambiente hospitalar, o que resulta em profissionais capazes de tomar as melhores decisões.

A inteligência emocional tornou-se uma importante aliada dos Enfermeiros, seja em seu trabalho à beira-leito ou em diversos setores ligados à gestão. Pela natureza de suas funções, a Enfermagem tem na liderança uma de suas principais características. “É preciso gerir a própria equipe, as demandas da equipe multiprofissional, a assistência ao paciente, além das necessidades de familiares da pessoa assistida”, explica a Enfermeira e Coordenadora do curso Certificate em Liderança para Enfermeiros, do Ensino Einstein, Graziela Fernanda Teodoro Bomfim.

De acordo com ela, o Enfermeiro também faz a ponte entre a equipe multiprofissional e os pacientes, conforme as especialidades indicadas para determinados tratamentos. “É a engrenagem que contribui para que todos os cuidados sejam aplicados da melhor maneira possível, sempre com o objetivo de alcançar o melhor desfecho para a pessoa em tratamento”.

Depois da pandemia do novo coronavírus, os aspectos que englobam a inteligência emocional ficaram ainda mais aparentes nessa área. “Esse período amplificou a importância de saber lidar com a emoção. Não basta apenas executar bem o trabalho”, enfatiza Graziela.

E, claro, como a mente humana é complexa, é fundamental o investimento em habilidades socioemocionais, intrinsecamente ligadas a aspectos da psicologia e da psicanálise, valorização do autoconhecimento e interesse em promover em si o equilíbrio psíquico. Esses fatores contribuem para o desenvolvimento da empatia e consequentemente para uma liderança transformacional (individualizada, levando em consideração as características de cada profissional de sua equipe).

Se não tiver uma habilidade inata, o profissional deve procurar as melhores ferramentas e profissionais para atingir suas necessidades, buscando aquilo que lhe falta para gerir todos os tipos de situações. “É essencial exercitar um olhar para dentro, para as emoções, pensamentos e ações, a fim de evoluir como ser humano, pois o bem-estar reverbera pelos ambientes dos quais fazemos parte”, reconhece a Coordenadora.

Em todas as áreas

Para o Enfermeiro, liderar profissionais já não é apenas no atendimento a pacientes. Ele atua em todos os setores de negócios, já que a profissão encontra espaço na gestão de diversos segmentos da economia, na comunicação, em novas tecnologias, transformação digital, em pesquisa e no ensino de diferenciadas áreas do conhecimento.

Essa expansão foi acontecendo ao longo dos anos. Graziela, que neste ano comemora 20 anos de formada e 18 trabalhando no Einstein, é testemunha dessa evolução. No período em que estudava, diz ela, a Enfermagem era concebida com ênfase na assistência e no ensino. “Hoje, estamos desempenhando funções em pesquisa, auditoria, práticas assistenciais, compliance, otimização de serviços e eficiência operacional dentro de diferenciadas organizações, o que trouxe um reconhecimento relevante para a profissão”.

Isso é possível graças a uma formação ampla, de premissa generalista. O Enfermeiro atua com relevância na gestão hospitalar e em serviços de saúde, em práticas baseadas em evidências, programas que envolvem a Inteligência Artificial, gestão financeira e resolutividade, entre outros aspectos. Dessa forma, para alcançar melhores resultados a Enfermagem considera dimensões como:

  • A efetividade do serviço, a integralidade
  • O acesso universal, a satisfação de seus envolvidos usuários
  • A intersetorialidade e outras demandas

Nessas quase duas últimas décadas, a dedicação de Graziela ao cuidado começou no Einstein, à beira-leito, como Enfermeiro Pleno e depois Sênior, expandindo-se para outras competências ligadas indiretamente ao paciente. Foi Coordenadora de uma equipe de 200 profissionais de saúde e atualmente colabora com a área de produtividade de colaboradores na Enfermagem.

Ela também é responsável pelo do Centro de Monitoramento Assistencial (CEMOA), tido como uma inovação da Instituição. “Nesse setor analisamos os triggers (indicadores) que possibilitam identificar riscos e potenciais situações críticas em todas as unidades do Sistema Einstein que usam o prontuário eletrônico, inclusive no Einstein Goiânia e no Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho – Vila Santa Catarina, sempre com o foco na segurança e em evitar evento adverso para os pacientes”, enfatiza Graziela.

O prontuário eletrônico permite que diversos itens sejam gerenciados simultaneamente, independente da distância, desde a entrada até a alta do paciente, como o controle dos protocolos clínicos e registros de administração de medicamentos, entre outros.

Assim como outras profissões, a Enfermagem demanda atualizações profissionais e estudos constantes. Graduada em Enfermagem desde 2003, Graziela concluiu três Pós-graduações na área da Saúde, sendo duas pelo Ensino Einstein: Gerenciamento de Serviços de Saúde e em Acessos Vasculares e Terapia Infusional. A terceira foi em Pediatria e Neonatologia, pela UNIFESP.

Ela é Mestre pela Faculdade de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE) e atualmente doutoranda pela Escola Paulista de Enfermagem-UNIFESP, com término previsto para 2024. “Com estudo, dedicação ao trabalho, vocação para as áreas escolhidas e bom planejamento de carreira, o Enfermeiro pode chegar aonde quiser”, finaliza.

 

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