Carreiras

Enfermagem: um mundo de possibilidades

​Para Mariana Bastos Lavinas, a carreira na área de Enfermagem possibilita um crescimento pessoal e profissional progressivo, além de oferecer oportunidades de ajudar a salvar vidas.

A trajetória da jovem Mariana Bastos Lavinas é um exemplo de como a área da saúde possui diferenciados âmbitos de atuação, além de possibilitar muita realização pessoal e profissional. Formada em Enfermagem pela Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), ela atualmente trabalha em um setor administrativo-financeiro, exercendo as funções de analista de processo no Hospital Israelita Albert Einstein.

Após 5 anos de atuação na Unidade de Terapia Intensiva do Einstein, Mariana hoje tem como objetivo zelar pela garantia da receita na área da internação e treinar uma equipe composta por técnicos de enfermagem. “Nós checamos os prontuários dos pacientes, verificamos se todas as condutas e utilização de material estão a contento e corrigimos em caso de necessidade”.

Entre outros serviços, o seu time tem a incumbência de observar todas tratativas ofertadas ao paciente. “O meu dever é ajustar eventuais falhas, orientando a minha equipe, que irá informar para os responsáveis pelo tratamento dos pacientes as maneiras mais adequadas de utilização dos recursos, associados aos procedimentos técnicos”.

Com isso, a sua área ainda otimiza o trabalho de auditoria e a receita do hospital de modo a ser aplicada com mais efetividade. “Também checamos se as descrições de todas as condutas estão alinhadas aos protocolos, assim como as anotações sobre a evolução de cada paciente”.

Mariana está atuando nesse setor há cerca de dois meses. Para ela, os conhecimentos adquiridos na assistência estão sendo bem empregados. “Eu estou gostando muito, pois posso agregar as melhores práticas e teorias que eu já aplicava para sinalizar adequadamente profissionais da assistência e, assim, manter um bom trabalho em equipe, que é muito importante na área da saúde”.

A enfermeira refere-se aos anos de 2015 até meados de 2019, quando atuava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto do Einstein, área na qual também realizou monitoria anos antes, durante a graduação, possibilitando inteirar-se mais sobre esse setor.

Trajetória na Enfermagem

Sempre em busca de novos conhecimentos e aprendizagem, logo no primeiro ano da graduação candidatou-se para o cargo de monitora, realizou uma entrevista e passou. “Eu fazia faculdade pela manhã e desempenhava um trabalho de monitoria à tarde na UTI Adulto”. Desse modo, ela também contribuía com a família na hora de pagar as mensalidades do curso, pois recebia uma bolsa de estudos de 50%.

Como monitora, entre 2011 e 2013, atuando no setor administrativo, Mariana observava todas as condutas, discussões de procedimentos médicos e de enfermagem. “Eu admirava aquele trabalho e queria fazer igual. Acompanhava tudo e foi me despertando mais curiosidade”. Resultado? No último ano da faculdade, ela escolheu fazer o estágio na UTI. E, claro, ao se formar, prestou uma prova e passou a trabalhar como enfermeira júnior nesse mesmo setor.

Esse gosto pelo ramo da saúde começou ainda criança. “A minha avó era enfermeira e eu a observava desde quando tinha uns 10 anos. Eu queria fazer como ela: cuidar das pessoas”. E não teve lugar melhor para Mariana exercer essa assistência. “A UTI recebe pacientes com diversas patologias e médicos de todas as especialidades. Como eu gosto de aprender coisas novas o tempo todo e busco bastante conhecimento, fui me aperfeiçoando e virei enfermeira plena”.

Na UTI, ao atender pacientes em estados mais graves, ela pôde perceber as faces de uma dualidade inerente a todo ser humano. “Tem a parte difícil porque nos deparamos com os limites da vida, mas, por outro lado, é muito gratificante poder tirar a pessoa daquela situação e dar novas esperanças a ela”.

A enfermeira lembra-se do fato de um paciente de 21 anos que fez um transplante cardíaco. “Ele tinha doença de chagas. Ficou na UTI conosco durante dois meses antes da cirurgia e um mês no pós-operatório”. Para a sua felicidade, o rapaz se recuperou, teve alta e voltou para a sua casa. “Depois de um tempo, ele passou a nos visitar. Foi bem no começo da minha carreira e essa lição ficou para sempre: a de que o transplante é uma nova chance de viver e nós podemos contribuir com isso”.

Esse acontecimento a motivou totalmente a dar sequência à sua trilha profissional e a constatar que o sucesso das atuações na área da saúde é atribuído ao trabalho em conjunto. “Estudar e trabalhar no Einstein mudou a minha forma de ver o mundo”.

Outras possibilidades

Além de ter atuado em assistência e, atualmente, estar exercendo funções no setor administrativo-financeiro, Mariana Lavinas também enxergou a educação como outra frente de trabalho. Em 2018, enquanto trabalhava na UTI, surgiu uma oportunidade de substituir uma professora no estágio do curso Técnico de Enfermagem do Einstein. “Eu nunca tinha pensado em dar aula, mas como era na minha área, eu topei e acabei gostando muito”.

Com o tempo, passou a lecionar para essa mesma turma disciplinas envolvendo a UTI Semi-Intensiva. Essa descoberta de novas habilidades abriu uma porta na Faculdade de Medicina do Einstein. “Lá, todas as segundas, de agosto de 2018 a agosto de 2019, eu ministrei práticas para alunos do primeiro ano de medicina”.

Com seu histórico de carreira, Mariana não tem dúvidas de que fez a melhor escolha para a sua graduação. “Essa área sempre tem muitas oportunidades. Eu entrei como enfermeira e criei um plano de carreira, então, financeiramente foi muito satisfatório, porque o salário permite ter um retorno rápido”, alegra-se, sabendo que esse novo cargo também permitirá que volte a atuar como docente.

O mercado da saúde: Enfermagem

Diferentemente de outras profissões, que viram suas oportunidades de trabalho encolher no país, a área da saúde – principalmente a Enfermagem – manteve e até mesmo ampliou as contratações. “Só para se ter uma ideia da expressividade do enfermeiro  na equipe multiprofissional, o Hospital Israelita Albert Einstein contratou, no último ano, 8 biomédicos,  9 psicólogos, 32 fisioterapeutas e 150 enfermeiros”, conta a coordenadora da Graduação em Enfermagem do Einstein, Andrea Mohallem.

Além das oportunidades de trabalho, outro diferencial é a possibilidade de atuação em diversas áreas, além da hospitalar. “Nos últimos anos surgiram novos campos de atuação para o enfermeiro,  como a de inovação, atenção básica, ensino e pesquisa, e a formação acadêmica também faz a diferença no momento da contratação”, explica Andrea.

A absorção dos ex-alunos pelo mercado de trabalho é um indicador da qualidade de um curso de graduação. Nos últimos 12 anos, 80% dos recém-formados na Graduação em Enfermagem do Einstein foram contratados pelo próprio hospital.​

Com relação à remuneração, de acordo com uma pesquisa de mercado sobre faixa salarial média, realizada anualmente, considerando os seis maiores hospitais particulares do país, o enfermeiro Pleno recebe, por 180 horas semanais, salário médio de R$ 4.691,00, e o Sênior, R$ 6.186,00. Já o enfermeiro recém-formado (Júnior) tem salário médio de 3.710,00. “Isso significa que o enfermeiro recupera o valor investido na graduação antes de completar dois anos de atuação”, conclui Andrea.

 

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