A importância da prática na formação acadêmica e profissional do Dentista
A prática na formação acadêmica e profissional do Dentista é relevante para a promoção do cuidado integral e humanizado, em variados cenários
A interação direta com pacientes permite que futuros Dentistas se familiarizem com o cotidiano profissional e desenvolvam habilidades tanto técnicas quanto socioemocionais, fundamentais para uma boa formação.
De acordo com a Coordenadora da Graduação em Odontologia no Ensino Einstein, Dra. Letícia Bezinelli, a prática deve ser construída de maneira muito estruturada.
São necessários laboratórios específicos, o uso de simulações realística e estágios observacionais, para posteriormente ser realizada de forma segura com pacientes reais. “Na Graduação de Odontologia tivemos a preocupação de já iniciar os cenários de prática nos primeiros meses do curso.”
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Graduação em Odontologia, instituídas pela Resolução nº 3 de 21/06/2021, preconizam 50% de prática. Estabelecem princípios, fundamentos e finalidades para a formação em Odontologia no Brasil.
“Essa vivência tem grande impacto na formação do Dentista, que precisa estar capacitado para atuar em todos os cenários: consultórios, hospitais e até domicílios. Com a evolução dos equipamentos, a Odontologia hoje está mais portátil, possibilitando o atendimento odontológico nos mais variados ambientes”, explica Dra. Letícia.
Diferenciais na formação acadêmica
Para garantir uma formação acadêmica de excelência na área de Odontologia, é essencial contar com equipamentos modernos, ambientes adequados e específicos, tecnologia avançada, infraestrutura de qualidade e, acima de tudo, treinamento contínuo dos docentes.
“Outra particularidade da formação do Cirurgião-Dentista é a necessidade da repetição dos procedimentos para que seja possível, de fato, o desenvolvimento da habilidade manual”, explica.
A Coordenadora salienta que um dos grandes desafios na formação em Odontologia é justamente o equilíbrio entre o conteúdo teórico e a prática. “Há todo o conteúdo teórico que o Dentista precisa compreender para que a prática seja personalizada, centrada no paciente e baseada em evidência científica.”
A prática estruturada, detalha Dra. Letícia, engloba atividades que promovem o desenvolvimento de raciocínio clínico, planejamento, entendimento da doença e da comunicação assertiva com o paciente, além da parte técnica bem executada.
Ampliação nas possibilidades de atuação
Avançando na formação, encontram-se as Especializações, reconhecidas pelo Conselho Federal de Odontologia. No Einstein, atualmente, são mais de 20 cursos de Pós-graduação.
A Dra. Leticia Carolina Brandão de Souza optou pela Especialização de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais. “Aplicar os conhecimentos teóricos nos mais diversos cenários tem sido o ponto-chave para a minha formação ser tão completa”, reforça a Dentista.
A prática em ambiente de consultório odontológico é, para ela, algo “rotineiro”. Já a oportunidade de realizar atendimentos beira-leito na instituição de longa permanência e o acesso ao ambiente hospitalar, para procedimentos em leitos de internação ou ainda em centro cirúrgico, são o grande diferencial na formação, ampliando horizontes na possibilidade de atuação.
“Além do acesso a equipamentos de ponta e à infraestrutura completa, o formato do curso me permite o desenvolvimento de habilidades valiosas, como a de comunicação com outros profissionais de saúde, quando estamos inseridos em um ambiente multidisciplinar”, argumenta.
Equipes multiprofissionais e somatória de esforços
Ex-aluna da Pós-graduação em Odontologia Hospitalar no Einstein, a Dra. Andréa Figueiredo trabalha na rede privada e já atuou em urgência e emergência por 15 anos. “Admiro as equipes multiprofissionais e sua somatória de esforços na abordagem integrada da saúde. Isso me faz ter a certeza de que a Odontologia não pode ser vista como um apêndice da saúde”.
A Odontologia Hospitalar, lembra a Especialista, tem um amplo espectro de atuação, muito além do Dentista em Hospital, com atendimento domiciliar, em clínicas de repouso, consultórios e clínicas odontológicas, sempre no contexto da atuação multidisciplinar.
Todo paciente oncológico, exemplifica, deve ter um tratamento odontológico antes, durante e pós-tratamento, seja em quimioterapia, radioterapia, transplante de células tronco-hematopoiéticas, terapia-alvo ou imunoterapia.
Sabe-se que a inclusão do Cirurgião-Dentista na equipe multiprofissional:
- Minimiza risco de infecção
- Melhora a qualidade de vida do paciente
- Colabora no diagnóstico de doenças orais e sistêmicas
- Promove um atendimento completo
- Amplia o custo-benefício
Já existem estudos, inclusive, mostrando que há um impacto na sobrevida do paciente, com melhores desfechos dos tratamentos médicos.
A Pós-graduação em Odontologia Hospitalar do Einstein aborda de maneira ampla essa atuação do Cirurgião-Dentista no âmbito hospitalar, em cada uma das especialidades médicas, comenta a Dra. Letícia, que também coordena essa Especialização.
Segundo a Dra. Andréa, o curso abre o entendimento para uma visão completa, harmônica, humanizada e integrada com a saúde. “A relevância está em capacitar profissionais ao olhar individualizado de cada paciente, com suas diferentes necessidades e condições médicas complexas”, conclui.