Carreiras

Presidentes do Centro Acadêmico de Enfermagem enfatizam atividades extracurriculares

Reconhecer a importância de um Centro Acadêmico (CA) na formação profissional dos estudantes é um passo importante na valorização das carreiras. Como entidade representativa dos alunos, o CA permite que o grupo envolvido ultrapasse os limites da sala de aula, ampliando oportunidades de aprendizado e desenvolvimento.

“Nosso Centro Acadêmico ajuda o estudante a ser mais pertencente à faculdade, aumentando o senso de responsabilidade diante de metas a cumprir. Desenvolvemos habilidades a partir de novas ferramentas que nos são dadas”, diz a atual Presidente e aluna do 5º semestre da Graduação em Enfermagem do Einstein, Nathalia Cardoso Valotta.

Ela concilia suas responsabilidades na presidência e no curso com a monitoria na Enfermagem do Einstein, atividade de apoio pedagógico que lhe permite vivenciar a rotina de trabalho e conviver com profissionais da área.

As atividades do CA são extracurriculares, lembra Nathalia, com funções para as quais os integrantes são voluntários, com a participação em horários livres, complementando a formação.

Objetivos a partir da integração acadêmica

Entre os objetivos do grupo estudantil estão a integração acadêmica, o engajamento em questões sociais e o fortalecimento das habilidades interpessoais e de liderança.

As atividades têm como propósito integrar os alunos e enriquecer o currículo, tornando o futuro profissional mais funcional fora da grade curricular, para expansão de seus horizontes na área.

O CA atua, portanto, como um elo entre os estudantes e a faculdade, contribuindo para a melhoria das condições educacionais e a construção de um ambiente mais participativo.

Preparo para os desafios profissionais

Por meio da organização de eventos, palestras, grupos de estudo e atividades extracurriculares, ocorre o incentivo ao senso crítico, ao trabalho em equipe e à vivência de experiências práticas.

Em conjunto, tais fatores enriquecem a formação acadêmica e preparam os futuros profissionais para os desafios do mercado de trabalho.

“Dividimos nossa equipe em projetos acadêmicos e sociais. Um grupo colabora com a implementação de iniciativas acadêmicas e curriculares, enquanto o outro cuida de projetos sociais, para trabalhar a questão do cuidado humanizado”, revela Nathalia.

A gestão das pessoas, segundo a Presidente, é um dos pontos que mais favorece sua experiência. “Integrar e gerenciar a equipe são funções que me ajudam a organizar e consolidar esse trabalho. Participar do CA me ajuda na perspectiva de ser uma Enfermeira do Futuro, com protagonismo”, sinaliza.

Gestão prioriza registros e fluidez em modelo adotado

Aluna do 4º semestre da Graduação em Enfermagem do Einstein e Vice-presidente do CA, Eduarda Gomes Biscuolo ressalta que está entre as metas da atual gestão ter um manual dos projetos, atividades e eventos realizados, com todos os registros.

Além de aprimorar a maneira como eu me comunico e interajo com o grupo, estar no CA é muito significativo, pois as experiências vivenciadas enriquecem o nosso conhecimento e a formação”, comenta Eduarda.

Liberdade, comunicação e empatia

O Centro Acadêmico “Anna Justina Ferreira Nery”, que leva o nome da pioneira da profissão no Brasil, tem como pilares: liberdade, comunicação e empatia.

O levantamento histórico realizado pela atual gestão aponta uma reestruturação enquanto órgão em 2015, com intensificação dos projetos, ações e campanhas a partir de 2021. A equipe é formada por 19 estudantes do curso, cerca de três por área, com uma estrutura composta por:

  • Comunicação
  • Projetos acadêmicos
  • Comercial
  • Projetos sociais
  • Produtos

Momento de crescimento em conjunto

Para a Enfermeira Pleno Mariangela Souza Ribeiro Lima, Presidente que atuou de 2015 a 2016, a função é desafiadora e muito gratificante. “Primeiro é preciso criar uma base sólida e, a partir daí, seguir com os projetos, mostrando para os demais alunos como é válido fazer parte deste momento de crescimento em conjunto”.

Com a construção de uma base forte para superar desafios, ela aposta em novas ideias. As pessoas, lembra Mariangela, gostam de permanecer no lugar comum, na zona de conforto, já que o desconhecido pode ser desconfortável. “Porém, isso pode abrir portas, criando uma conexão que agrega novas experiências”, frisa.

Para ela, enquanto ex-presidente, não bastava estar à frente de uma equipe, mas sobretudo mediar conflitos, respeitar diversas opiniões e tomar decisões capazes de definir pontos importantes nos projetos.

A Enfermeira, que integra o time da arritmia na Unidade Morumbi do Einstein, recorda-se como buscava atingir a satisfação da maior parte dos estudantes, respeitando o que achavam relevante para representá-los.

“Acredito que é importante ouvir mais do que falar, reforçar pontos positivos nas colocações de todos e explicar o motivo de não considerar alguma ideia. Isso pode evitar conflitos futuros, esclarecendo que estamos focados apenas em questões específicas do trabalho”, pontua.

Relações interpessoais e trabalho em equipe

A Enfermeira Júnior Ebeli Divina Carneiro dos Santos, que atuou na presidência de 2021 a 2023, revela que a oportunidade contribuiu muito com suas relações interpessoais. “Eu estava sempre aberta aos feedbacks, exercitando a prática da escuta ativa, buscando lidar com o trabalho em equipe”.

Ebeli recorda em sua atuação um projeto marcante, em que toda a equipe se doou, com muito empenho e interesse. “Vi o quanto a equipe foi espetacular, com esforço individual e em grupo”, conclui.

Como sugestão para as futuras Presidentes, ela sinaliza que não percam a vontade de fazer e ver os resultados. “Sejam empáticas, ouçam seus colegas dentro e fora do Centro Acadêmico, deixem que tomem a iniciativa. É essencial estar presente em cada processo e dar o suporte necessário”.

Dentro do Centro Acadêmico, reforça Ebeli, é desenvolvido o conceito de humanização. “Aprendemos a desacelerar, dialogar, respeitar ideias e pensamentos diferentes dos nossos, com novos aprendizados a cada dia”, finaliza.

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