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Alunas da Graduação em Enfermagem do Einstein contam experiência do intercâmbio na Case Western

Durante um mês, as quatro jovens viveram a rotina de aprendizados na centenária Escola de Enfermagem Frances Payne Bolton- Case Western University

Fazer um intercâmbio é o caminho ideal para aprimorar uma série de competências e habilidades, que vão além de aprender ou aperfeiçoar um idioma. Essa troca estimula a autonomia, a ampliação do ciclo de amizades, o interesse por frequentar novos espaços e fazer networking, sem contar a valiosa bagagem acadêmica e profissional.

Alunas do terceiro e quarto ano da Graduação em Enfermagem da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE) chegaram ao Brasil no mês de abril bastante entusiasmadas e com muitas novidades para contar. Lívia Prantera e Fabiana Duque Ribeiro cursam o 5º semestre, enquanto Lidia Yewon Shim e Luanna Blachut e Silva estão no último.

Elas embarcaram para os Estados Unidos com destino a Cleveland, no estado de Ohio. De volta ao Brasil, as quatro alunas contam que de 27 de março a 21 de abril tiveram uma experiência única e inesquecível na Escola de Enfermagem Frances Payne Bolton (FPB), da Case Western Reserve University, instituição de ensino privada, reconhecida mundialmente por sua liderança, educação e pesquisa.

Classificada entre as melhores escolas de Enfermagem dos EUA, a FPB está completando 100 anos de existência em 2023. “A parceria possibilita que os alunos da Graduação em Enfermagem da FICSAE façam um intercâmbio presencial e imersivo, participando de aulas, desenvolvendo atividades no campus, como no laboratório de inovação, e visitando instituições de saúde americanas”, explica a Coordenadora do Ensino Superior em Enfermagem do Einstein, Mariana Cunha.

A experiência na Frances Payne Bolton

Lívia ficou muito feliz quando recebeu a notícia de que havia sido selecionada para participar desse intercâmbio. “Quando cheguei, logo fui conquistada pelo belo campus que tinha um lago e muita área verde. Na rotina acadêmica, frequentávamos duas aulas fixas de Obstetrícia e Pediatria, depois íamos para o laboratório e participávamos de várias atividades extras, além das visitas a hospitais”, conta.

O que mais chamou atenção dela foram as idas aos laboratórios após cada aula. “Faz parte da programação do curso: no mesmo dia, depois das aulas teóricas, tem a prática. Também gostei que os estágios nos hospitais são realizados simultaneamente, na mesma semana”, diz Livia.

Fabiana morou nos Estados Unidos e na Inglaterra entre 2003 e 2017, quando acompanhou o seu marido a trabalho. Devido à vivência como habitante, ela já conhecia o sistema de saúde desses países. “Agora pude fazer parte do cotidiano da universidade da Case Western e dos hospitais. Foi engrandecedor, valeu a pena e me aguçou ainda mais a vontade de trabalhar na Enfermagem e fazer uma Pós-graduação lato ou stricto sensu fora do país”, planeja.

Com a conclusão da Graduação, Fabiana poderá participar de processos de seleção, a fim de exercer o cargo de Enfermeira no exterior, uma vez que o currículo do Ensino Einstein é bastante compatível com o norte-americano, além de também possuir a Graduação em Engenharia Química.

Os pontos de vista das alunas

Do Ensino Fundamental ao Médio, Lidia Yewon Shim estudou em uma escola norte-americana sediada em São Paulo. A sua vontade de estudar fora do Brasil sempre foi latente e o tempo que passou no intercâmbio fortaleceu esse desejo. “Pude compreender que poderei atuar no mundo todo. Eu constatei que o Enfermeiro nos Estados Unidos tem mais autonomia do que no Brasil, além de tecnologia para desenvolver suas atividades. Na universidade, eu me apaixonei por um programa de visitas a crianças de escolas públicas, todas as sextas-feiras, para verificar o estado de saúde delas”, declara.

Esse trabalho é liderado por alunos da Enfermagem do 3º ano da Case Western, tendo na equipe estudantes de 1º e 2º anos. “Devido à carga horária aumentada, no sétimo e oitavo semestres, esses discentes não conseguem agenda para participar, mas já possuem as vivências dos meses anteriores para acompanhar as atividades de Enfermeiros no hospital da universidade”, explica Lidia.

Na FPB, o estágio começa na terceira semana após o ingresso na Graduação em Enfermagem, em paralelo com as exposições teóricas e práticas da classe, e logo se aprende a conversar com pacientes e familiares e a realizar procedimentos. “Isso eu achei muito interessante. Porém, considero as nossas aulas no Ensino Einstein mais interativas e com mais proximidade e liberdade de fazer perguntas para os professores”, compara Lidia.

Faltando pouco para concluir a sua Graduação, Luanna ressalta que fez uma boa decisão pela Enfermagem. “Antes eu não sabia que a carreira conta com mais de 40 áreas de atuação e isso me anima muito”. Depois dessa experiência, ela se diz ainda mais estimulada por outras inúmeras possibilidades de atuação fora do Brasil.

Para ela, o intercâmbio possibilitou o seu entendimento sobre as diferenças das duas instituições: FICSAE e Case Western. No Einstein, Luanna conta que aprende muito sobre os valores voltados para segurança e qualidade da atenção ao paciente. E, na Case Western, o foco é o empoderamento do Enfermeiro. “Isso é possível notar inclusive no conforto das instalações dos locais de trabalho e no reconhecimento que a comunidade dedica a esse profissional. Acho que os dois aspectos são fundamentais”, pontua.

Luanna também voltou ao Brasil valorizando mais o Sistema Único de Saúde (SUS). “As tecnologias e medicamentos gratuitos que temos aqui não estão disponíveis por lá. Os pacientes têm de pagar”. O ensino com a utilização de ferramentas modernas da FPB a deixou seduzida, no entanto. “Os simuladores realistas são apaixonantes, de última geração. O bebê no formato de boneco tem até cordão umbilical, chora e reage aos procedimentos. Há manequins com diversas camadas de pele e estruturas corporais projetadas no formato de holograma, além de um helicóptero de simulação para treinar atendimentos de emergência e quartos que se diferenciam do ambiente hospitalar para as crianças se sentirem mais à vontade e confiantes. Tudo formidável”, narra.

De acordo com Mariana, o intercâmbio é equivalente aos estudos de cada uma em seus respectivos períodos e computado nas avaliações rotineiras da Graduação em Enfermagem. O programa internacional é oferecido pelo Ensino Einstein, devido à parceria com a FPB. “Valeu muito a pena e ficaríamos com certeza por mais tempo, absorvendo mais conhecimento”, concordam elas.

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