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A importância da simulação realística na capacitação em parada cardiorrespiratória

Procedimentos vitais na emergência em Cardiologia, como nos casos de paradas cardiorrespiratórias, despertam a importância do preparo adequado para salvar vidas

A parada cardiorrespiratória (PCR) é um dos temas mais relevantes em saúde, pois preconiza a importância da conscientização sobre o atendimento emergencial, tanto leigo quanto profissional. Segundo dados do Ministério da Saúde, são estimados mais de 300 mil casos de PCR por ano no Brasil.

De acordo com a American Heart Association (AHA), maior organização mundial que define diretrizes relacionadas a PCR, 90% das pessoas que sofrem paradas cardíacas morrem antes de chegar ao hospital, diante de uma emergência médica que pode ocorrer em qualquer lugar e momento. Cada minuto sem intervenção reduz a chance de sobrevivência em cerca de 10%. O aumento dessa conscientização e o treinamento em técnicas de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) permitem mudar esse quadro e alterar os índices.

A Enfermeira e docente no Ensino Einstein, Yara Kimiko Sako, sinaliza que a cultura de emergência ainda tem muito a avançar no Brasil. “A PCR é um evento que interrompe a circulação do sangue e a oxigenação dos órgãos. Em adultos, é causada por um ritmo cardíaco anormal, na maioria dos casos. A falta da circulação decorrente da PCR pode gerar, conforme passam os minutos, lesões irreversíveis”, explica.

Por essa razão, o suporte básico de vida é um protocolo de atendimento no qual se estabelecem o reconhecimento da PCR e a realização de manobras de ressuscitação cardiorrespiratória (RCP), até a chegada da ajuda, seja no cenário pré ou intra-hospitalar. Daí a necessidade de um preparo cada vez maior de profissionais da saúde, sobretudo aqueles que atuam diretamente com emergências cardiovasculares, como medida eficaz para melhorar as taxas de sobrevivência nesses casos.

Yara é instrutora dos cursos da American Heart AssociationSuporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS), PALS (Pediatric Advanced Life Support), BLS (Basic Life Support) e Heart Saver (Salva Corações – curso de Primeiros Socorros para leigos), realizados nas Unidades Einstein em São Paulo e em Goiânia.

Ela ressalta que os cursos avançados são dirigidos a Médicos, Enfermeiros e estudantes do último ano dessas respectivas Graduações. Já o curso básico atende a qualquer profissional de saúde. Por fim, enfatiza que o Heart Saver é destinado a leigos. “O maior objetivo é a sistematização do atendimento de emergência e o trabalho em equipe, focando na formação de um time de alto desempenho na sala de emergência, em simulações de situações reais.”

A especialista reforça a necessidade deste tipo de preparo, que se baseia em protocolos de atendimento mundialmente estudados e aplicados, para que possam fornecer o melhor cuidado possível e evitar ao máximo o erro e as iatrogenias.

Para Yara, ter uma equipe organizada é um diferencial e a certificação internacional – além de válida em qualquer instituição de saúde do mundo – é importante para um upgrade na formação, com a finalidade central de salvar vidas. “Com o treinamento em Goiânia, acentuamos a premissa de levar uma gota de Einstein a cada cidadão, lembrando que a tríade Segurança, Paixão em Servir e Atenção aos Detalhes (SPA) sustenta o atendimento de excelência da nossa Instituição”.

Entre os participantes da primeira turma de Goiânia está a Médica, Dra. Aline Lins da Silva, recém-formada em uma universidade privada de Goiás, que atualmente trabalha no Pronto Atendimento de um hospital e maternidade de Goianésia, nesse mesmo estado. “Para nós, que construímos uma longa base teórica, foi possível ter a noção de como aplicar os conhecimentos. Tudo fez com que a simulação fosse o mais realista possível”, comenta.

Outra Médica participante, Dra. Laís Martins Vasconcellos, lembra que os bonecos (manequins) são ultrarrealistas, com instrutores extremamente capacitados, que lidam com suporte avançado cardiológico todos os dias em Unidade Móvel, Pronto-Socorro ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Também formada em universidade privada, ela é plantonista num Pronto-Socorro em Goiânia, com atuação nas áreas de Cardiologia e Enfermaria, vivenciando emergências diariamente. “Foi uma virada de chave na minha formação”, conclui.

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