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Área de Diagnóstico por Imagem ganha destaque inclusive na Graduação em Medicina

Hoje é o Dia do Médico Radiologista e Dia Internacional da Radiologia. A confiabilidade dos métodos de Imagem proporciona diagnósticos precisos, auxiliando na tomada de condutas mais adequadas para os pacientes

A Radiologia é uma especialidade originada em 1895 com a descoberta experimental dos raios-X pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen. Na época, as aplicações médicas desse procedimento revolucionaram a Medicina, uma vez que foi possível enxergar o “interior” dos corpos de pacientes.

Desde então, essa área tem passado por muitas transformações e avanços. “Hoje, além da radiologia convencional utilizando radiografias simples e contrastadas, o Diagnóstico por Imagem engloba também a Ultrassonografia, a Tomografia Computadorizada (TC), a Ressonância Magnética (RM) e os métodos híbridos, que associam exames morfológicos e funcionais”, explica o médico radiologista Ronaldo Hueb Baroni, que é Professor da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein e Gerente Médico de Ensino do Departamento de Imagem do Einstein.

Neste Dia 08 de novembro, em que se comemora o Dia do Médico Radiologista e o Dia Internacional da Radiologia, o Brasil também é lembrado pela colaboração em descobertas. O que muitos não sabem é que a Abreugrafia, exame radiográfico dedicado à avaliação dos pulmões e que revolucionou o diagnóstico e o tratamento da tuberculose, foi desenvolvida há mais de 80 anos pelo médico brasileiro Manoel Dias de Abreu — daí o seu nome. A importância de seu invento foi tão grande que ele foi indicado três vezes ao Prêmio Nobel, em 1946, 1951 e 1953.

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Contemporaneidade  

“Hoje os equipamentos utilizados para Diagnóstico por Imagem já compartilham dados 100% digitais, estão conectados em rede e permitem a visualização de imagens até mesmo em telefones celulares, de modo a facilitar que o exame seja discutido remotamente com o paciente ou o médico solicitante, ou realizado em pessoas com dificuldade de locomoção”, explica o Dr. Ronaldo.

Os avanços estão em todas as modalidades do Diagnóstico por Imagem. As mamografias agora são digitais, com possibilidade de reconstruções tridimensionais (a chamada tomossíntese) e até mesmo com contraste endovenoso, auxiliando na detecção ainda mais precoce de tumores. A ultrassonografia está cada vez mais acessível (utilizando aparelhos portáteis e telefones celulares), e pode empregar transdutores de altíssima frequência capazes de identificar até mesmo as diferentes camadas da pele, por exemplo.

A tomografia computadorizada pode ser realizada com tecnologia multidetectores (até 320 fileiras) ou com feixes de dupla energia, permitindo exames mais rápidos e detalhados, com baixíssima dose de radiação (sendo que a tecnologia de contagem de fótons, em fase final de desenvolvimento, deve reduzir a radiação a níveis ainda menores).

Na ressonância magnética estão disponíveis aparelhos mais silenciosos, com tecnologia de alto campo magnético (até 7 Teslas) e com recursos de inteligência artificial que permitem exames mais rápidos e com maior detalhamento anatômico. Por fim, vale lembrar dos métodos híbridos, como o PET-CT e o PET-RM, que agregam exames de TC ou RM e de medicina nuclear em um único aparelho, possibilitando uma alta eficácia na detecção e até no tratamento de vários tipos de tumores, por exemplo.

A Inteligência Artificial (IA), que há alguns anos despertou certo medo nos meios radiológicos pela possibilidade de vir a substituir tarefas que hoje são feitas pelo radiologista, hoje sabidamente é uma aliada destes médicos. “Os radiologistas não serão substituídos pelos algoritmos de IA, mas certamente devem participar do seu desenvolvimento e da sua implementação nos serviços de Imagem; essas tecnologias certamente vieram para ficar, uma vez que agregam valor não só no diagnóstico, mas também na rapidez da execução e leitura dos exames e na sua qualidade”, afirma o médico.

O ensino e o futuro da Radiologia

Para o Dr. Ronaldo, o futuro da Radiologia envolve um papel cada vez mais importante do radiologista como um consultor, que dialoga continuamente com as outras especialidades médicas e participa de forma ativa na linha de cuidado dos pacientes. Ele destaca que “de nada vale a tecnologia de ponta sem a humanização. O radiologista deve estar disponível, participar de fóruns multidisciplinares e literalmente ser visível aos pacientes”.

O ensino da Radiologia se inicia já nos primeiros anos da graduação em Medicina. As aulas de anatomia e morfologia, assim como de propedêutica médica, muitas vezes utilizam exames de Imagem e podem ser ministradas em conjunto por radiologistas e colegas de outras especialidades.

Mas certamente o ensino radiológico na graduação não para por aí, como explica o Dr. Ronaldo: “além do ensino da radiologia em si, com ênfase nos diversos métodos de Imagem, temos cada vez mais focado em levar a radiologia para dentro das outras disciplinas, especialmente durante o internato, por meio de reuniões multidisciplinares de discussão de diagnósticos e condutas. Isso reforça nos alunos a importância atual da radiologia e desperta neles o interesse cada vez maior pela especialidade”.

A formação do radiologista é longa e completa: são 3 anos de residência médica em radiologia, geralmente seguidos de um ou mais anos de especialização em áreas de atuação, podendo ainda ser complementada com outras pós-graduações. E o radiologista deve buscar obter um título de especialista, emitido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR).

O Médico reforça: “ainda que outras especialidades médicas e mesmo outros profissionais de saúde utilizem exames de Imagem nas suas práticas, a emissão de laudos radiológicos configura um ato médico, sendo que uma sólida formação na área, um título de especialista e uma adequada educação continuada são requisitos fundamentais para o adequado exercício da Radiologia e Diagnóstico por Imagem”.

Oportunidades de Ensino em Imagem no Einstein

 Além do ensino de Imagem na graduação em Medicina e da residência médica em Radiologia, o Einstein conta com um portfólio completo voltado à educação continuada e aperfeiçoamento / especialização. São mais de 30 vagas de R4 e R5 (pós-graduação presencial lato sensu) nas diversas especialidades radiológicas, algumas inclusive com foco em pesquisa.

Também são ofertadas pós-graduações Estado da Arte em formato híbrido (atividades on-line e presenciais aos finais de semana), com grande ênfase no estudo prático hands-on de casos radiológicos, em Imagem Geral e nas especialidades radiológicas de Abdome, Imagem da Mulher, Musculoesquelético e Neuro / Cabeça e Pescoço. Conta ainda com diversos cursos de curta e média duração e um Simpósio Multiprofissional em Diagnóstico por Imagem, focado nos profissionais de saúde que atuam em Imagem.

Neste ano, o Einstein inaugurou um Centro de Ensino de Ultrassonografia, na Unidade Vila Mariana. Já estão em curso duas pós-graduações Estado da Arte (em USG Geral Avançado e USG Vascular / Doppler), além de vários cursos de Ultrassonografia como Point-of-Care, Doppler, RM multiparamétrica de fígado e punção aspirativa por agulha fina de tireóide.

O Centro conta com 9 equipamentos de USG de última geração, nos quais um número pequeno de alunos por sala pode realizar exames em pacientes com patologias, sempre supervisionados por professores radiologistas do Einstein que são referências nacionais nas suas áreas de atuação.

Saiba mais sobre o Centro de Ensino em Ultrassonografia Einstein.

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