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Dia do Professor: saiba como a era digital influencia as transformações do ensino-aprendizagem

O atual desempenho do docente em um mundo globalizado está relacionado ao uso de tecnologias em sala de aula

O Dia do Professor comemorado em 15 de outubro acontece em meio à busca pela consolidação de um ensino que tem passado por duas dimensões de mudança, interrelacionadas. A primeira diz respeito à transformação tecnológica e a segunda à cultura e valores da sociedade dessa era.

Cada vez mais, o professor conta com ferramentas, plataformas e tecnologias à sua disposição. “Eu diria que é mandatório adotá-las porque os alunos e as instituições de ensino demandam a adesão a esses recursos”, conclui o Coordenador de Engenharia Biomédica do Einstein e Gerente de Ensino, o Biólogo Dr. Welbert Pereira.

Os rumos da educação esperam que ele abrace essas mudanças. Principalmente porque os achados na literatura têm demonstrado uma melhor performance do ensino-aprendizagem, do engajamento dos alunos e melhorias no trabalho do docente, medidos por meio do acompanhamento de indicadores de qualidade.

A outra esfera é cultural, pois a geração Z (os zoomers) – pessoas impactadas por um mundo virtual desde a primeira infância, não somente no que diz respeito à internet mas a todas as tecnologias dependentes e derivadas da atual digitalização global – está muitas vezes terminando o Ensino Médio, vivendo a experiência universitária ou começando a ocupar cargos de liderança. Esse cenário apresenta ao professor um público especialmente diverso desde os anos de 1980.

Dessa forma, o ambiente caracterizado pela interface tecnológica está cada vez mais presente no cotidiano das salas de aula.  O dia a dia do docente ficou bem diferente. “Antes ele preparava suas explanações baseadas somente no conteúdo. E ao executar a aula contava com a participação de alguns alunos que se prontificavam a fazer perguntas resultando num certo dinamismo. Mas a maioria comportava-se de modo passivo, apenas procurando absorver as informações”, lembra-se o Dr. Welbert.

O Ensino na era digital

Atualmente os alunos e os recursos exigem do professor uma postura completamente diversa. “Quando o docente se prepara em relação à literatura da qual precisa tratar, ele deve estar equiparado ao dinamismo das informações e velocidade de absorção graças às plataformas digitais de artigos científicos, livros etc.”, afirma o Coordenador.

Esse professor não só precisa preparar slides, imagens, cases de sucesso, exemplos práticos e vídeos que usará em aula, como também estruturar as atividades alinhadas aos materiais pedagógicos pensando em:

  • Como desafiar positivamente os alunos da classe;
  • De que forma vai estimular o gosto pelo desenvolvimento e conclusão de trabalhos a serem realizados em equipes;
  • Como fomentar as discussões entre os grupos de alunos;
  • Criar uma ótima relação entre todos em sala de aula;
  • De que maneira contribuir para o aprimoramento de seus alunos, considerando e incluindo todas as diferenças.

Nesse contexto, o docente atua como um moderador, seguindo também a literatura científica em educação. “A jornada em sala de aula agora é diferente porque o professor tem o papel de fortalecer o entusiasmo, o vigor e criar uma atmosfera de integração em prol do interesse por mais busca na construção do conhecimento do grupo”, afirma o Dr. Welbert.

Gestor de ensino

Para estar inserido nessa conjuntura, os professores também precisam se aprimorar tanto tecnicamente quanto emocionalmente, criando um ambiente acolhedor e amigável para todos os envolvidos. “Mesmo quando – normalmente ao final do curso – existir naturalmente algum tipo de pressão, a atmosfera precisa colaborar para alcançar o nível do eustress (stress do bem) e nunca no do distress (perturbação)”, explica o Biólogo.

O docente é também um gestor do ensino-aprendizagem. Esse perfil sugere habilidades e competências de modo a atuar como um líder que desenvolve pessoas na área acadêmica. “O primeiro grande desafio de um professor comprometido é fornecer os alicerces e fundamentos a seus alunos e ao mesmo tempo ensiná-los a filtrar todo esse universo de informações produzido atualmente, buscando conteúdo relevante, de qualidade e confiável”, explica ele.

Com humildade esse docente foca na autonomia acadêmica e na produção de conhecimento pelos seus alunos. Além disso, é fundamental adotar as metodologias ativas de ensino que são mandatórias. “Para um futuro próximo há uma tendência em que o Einstein está sendo pioneiro. É o Project Basic Learning, aprendizagem baseada em projetos, já praticado na Graduação em Engenharia Biomédica”.

Trata-se de um nível acima da metodologia ativa, pois vai além da aplicação prática em sala de aula, atingindo um grau elevado por conta da prototipação, testagem e relatórios técnicos a partir de projetos reais que resolvem problemas relacionados à saúde por meio das disciplinas abordadas.

Para que esses projetos aconteçam de maneira satisfatória, o Dr. Welbert ressalta que é importante ter um bom planejamento pedagógico, infraestrutura adequada, corpo docente preparado e uma instituição de ensino em sintonia com o mercado, profissionais da saúde e demandas dos pacientes.

Considerando o conjunto desses aspectos, existe um elemento que ainda prepondera como o combustível maior do docente. “É a paixão por ensinar, a satisfação pessoal ao perceber a aprendizagem e o desenvolvimento dos seus alunos, sentindo uma felicidade plena ao saber que a cada aula, feedbacks aos alunos e ‘provocação’ estamos formando melhor os futuros profissionais da saúde e construindo um futuro mais digno, profícuo, agradável e interessante para o sistema de saúde brasileiro”, diz o Dr. Welbert.

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