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Demanda crescente motiva a procura por especialização em Neuropsicologia

Especialidade que consiste em uma avaliação para o diagnóstico de transtornos do comportamento e cognição, Neuropsicologia atrai mais profissionais

Diante do atual cenário de saúde, marcado por crescentes queixas relacionadas a alterações cognitivas, memória, atenção e linguagem, a capacitação técnica de psicólogos desperta um interesse cada vez maior.

É com esse olhar que a Pós-graduação em Neuropsicologia do Einstein prepara o profissional para uma atuação específica e significativa na carreira. Segundo o Coordenador Shirley Lacerda, o curso é voltado exclusivamente para psicólogos com interesse em atuar nessa área.

Psicólogo e Especialista em Neuropsicologia, Shirley atua no diagnóstico e reabilitação das alterações cognitivas e comportamentais, causadas principalmente por disfunções e lesões cerebrais.

O que é Neuropsicologia?

“A Neuropsicologia é uma especialidade da Psicologia que consiste em fazer a avaliação para o diagnóstico de transtornos do comportamento e cognição”, explica Shirley, citando o estudo da relação entre o funcionamento do cérebro e o comportamento humano.

Sua relevância cresce à medida que avanços científicos ampliam o entendimento sobre o cérebro e suas funções, possibilitando intervenções mais eficazes num contexto clínico, educacional e organizacional.

A especialização nessa área garante uma prática ética e baseada em evidências científicas. Além de promover a melhor qualidade de vida aos pacientes, é uma contribuição para o avanço da Psicologia e das Neurociências.

A avaliação neuropsicológica

Segundo o Coordenador, para todos os diagnósticos que envolvem alterações cognitivas, memória, atenção e linguagem, por exemplo, é necessária a avaliação neuropsicológica.

Isso envolve pacientes de todas as faixas etárias. “Talvez esteja aí o fator que explique o crescente interesse pela especialidade, pois a avaliação é pré-requisito no diagnóstico”, revela.

A avaliação consiste na realização de testes e posterior emissão de um laudo, que ajuda o Médico a fechar o diagnóstico. O interesse pela especialização está associado ao avanço na carreira, motivo apontado pelo Coordenador pela alta demanda em consultório.

“Cursar a Pós-graduação é uma movimentação que segue o mercado”, avalia Shirley. Seja como Psicólogo ou como Neuropsicólogo, o profissional precisa seguir se especializando para conseguir ajudar o paciente.

Formato e diferenciais do curso

Com duração prevista de 11 meses, a Pós-graduação em Neuropsicologia do Einstein é dividida em aulas teórico-práticas e estágio.

“O estágio supervisionado, em que cada aluno precisa realizar duas avaliações neuropsicológicas completas, sob orientação e supervisão, é um grande diferencial do curso”, reforça Shirley.

Partindo da Introdução à Neuropsicologia e Funções Cognitivas, o programa tem em seu teor a avaliação neuropsicológica em crianças, adolescentes, adultos e idosos.

A equipe de Docentes reúne profissionais com vasta experiência tanto em avaliação como em reabilitação neuropsicológica nos contextos de consultório, hospital e ambulatório.

Qualificações propostas

Ao final da especialização, o aluno deve estar apto a:

  • Reconhecer e identificar diferentes perfis de funcionamento neuropsicológico, necessários para o diagnóstico diferencial das principais patologias neurológicas e psiquiátricas.
  • Direcionar e encaminhar o paciente para a reabilitação na área.

O modelo dessa Pós-graduação é híbrido, com base em cronograma com data, hora e formato das aulas pré-definido. Alguns encontros são exclusivamente presenciais ou online, e outros flexíveis, quando o aluno escolhe entre aulas presenciais ou virtuais.

Temas voltados ao atendimento infantil

Segundo a Psicóloga e Docente Camila Morassi, responsável por disciplinas voltadas ao atendimento infantil, neste curso os alunos terão a oportunidade de se aprofundar em temas cruciais, como:

  • Avaliação e diagnóstico neuropsicológico;
  • Desenvolvimento infantil e suas implicações;
  • Estratégias de apoio a escolas e famílias;
  • Estudos de caso e práticas clínicas.

“Entre as disciplinas que leciono estão: Anamnese, Elaboração de laudo, Correção de testes, Devolutiva e Caso clínico – Lesões adquiridas”, cita Camila.

Conexão na área e oportunidades de colaboração

Durante o curso, os alunos têm a oportunidade de se conectar com outros profissionais da área, trocando experiências e criando oportunidades de colaboração. “Nosso foco é a busca por um futuro mais consciente e informativo em Neuropsicologia”, destaca a Psicóloga.

Com o aumento da conscientização sobre questões neuropsicológicas, a procura por profissionais especializados tende a aumentar ainda mais. Daí a necessidade da especialização para o atendimento eficiente a essa demanda.

Avaliação de pacientes adultos e idosos

A Psicóloga Isadora Silvestre atua na avaliação de pacientes adultos e idosos, como Supervisora de estágio e Docente em disciplinas da Pós-graduação em Neuropsicologia do Einstein, entre elas:

  • Memória e Aprendizagem;
  • Atenção e Funções Executivas;
  • Avaliação da Memória;
  • Inteligência em adultos e idosos.

Na avaliação neuropsicológica de adultos e idosos, Isadora observa um aumento na busca pelo diagnóstico tardio de transtornos do neurodesenvolvimento.

Entre os exemplos estão o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Isso ocorre em grande parte devido a uma popularização dos quadros”, sinaliza.

Módulos direcionados à capacitação

Durante o curso, o aluno Einstein passa por módulos que o capacitam a avaliar adultos e idosos, incluindo lesões encefálicas adquiridas, esclerose múltipla, epilepsia, transtornos psiquiátricos e transtornos neurocognitivos (popularmente conhecidos como demências), dentre outros quadros clínicos que acometem essa faixa etária.

“É necessário investigar cuidadosamente os sintomas e história clínica, pois frequentemente há queixas cognitivas presentes em quadros emocionais”, comenta Isadora.

Os grandes diferenciais do neuropsicólogo consistem, portanto, em conseguir acolher o paciente com essas queixas, realizar uma investigação clínica especializada e auxiliar no processo até o diagnóstico.

“Assim, o profissional é capaz de pontuar os aspectos preservados e fragilizados da cognição, para a elaboração de um plano terapêutico individualizado e eficaz”, finaliza a Docente.

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