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Existe alternativa para se especializar em Medicina Intensiva?

Após a Graduação em Medicina, é possível investir no ensino-aprendizagem com dedicação integral em Medicina Intensiva em curso análogo à residência

A residência médica atualmente engloba 55 especialidades. Dentre elas, a Medicina Intensiva é uma das 15 mais procuradas, conforme o Censo Demográfico Médico de 2023, do Conselho Federal de Medicina (CFM). Egressos dessa Graduação, que ainda não ocupam uma vaga na área, podem ter sua formação por meio de uma Pós-graduação com dedicação integral, análoga à residência médica.

Ainda segundo o Censo, no ano passado foram preenchidas 41.805 vagas para a Graduação em Medicina no país, sendo apenas 4.950 Programas de Residência Médica disponíveis. Ou seja, a abertura de vagas de residência não acompanha a oferta de Médicos no mercado.

Daí a importância de haver mais planejamento que resulte em oportunidades para que recém-formados possam ter uma formação análoga à residência. Trata-se de mais uma maneira de obter o preparo desejável para atuação futura como um especialista.

 Como se tornar um especialista

 De acordo com a Diretora de Ensino do Programa de Pós-graduação do Ensino Einstein, Olga Farah, há duas formas de um Médico obter um título de especialista e registrar-se no Conselho de Medicina de sua região.

“Após concluir os seis anos da Graduação, ele deve cursar a residência médica ou realizar uma prova gerida pela Sociedade Médica relacionada à especialidade desejada”, diz ela.

A prova depende dos critérios da Sociedade de cada uma das 55 especialidades, que podem ser ajustados, de acordo com o edital divulgado anualmente.

O que é a Pós-graduação em Medicina Intensiva análoga à residência?

A Pós-graduação em Medicina Intensiva com dedicação integral é um curso com 7.820 horas práticas e teóricas análogo à residência, totalmente focado em pacientes que se encontram em estado crítico.

“Trata-se de uma alternativa pioneira para oferecer uma ótima formação e preparação aos alunos do Ensino Einstein”, revela Olga.

“Ela permite ao Médico obter uma vivência prática mais longa e mais intensa, em comparação com outras Pós-graduações convencionais ministradas no país”, acrescenta o Coordenador da Pós-graduação em Medicina Intensiva com Dedicação Integral do Ensino Einstein, o Médico Intensivista Dr. Joan Rodrigues de Castro.

Lançado pela Unidade de Ensino Einstein em Goiânia, o curso, com cinco vagas, destina-se a todos os egressos da Graduação em Medicina interessados por Medicina Intensiva.

Com essa Pós-graduação, o Médico Generalista estará capacitado para prestar seus serviços a pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em hospitais mais distantes dos grandes centros urbanos, que muitas vezes não contam com grande número de especialistas.

Quem pode cursar a Pós-graduação em Medicina Intensiva com dedicação integral?

 

Para cursar essa especialização, em primeiro lugar é necessário concluir a Graduação em Medicina. O recém-formado poderá, então, trilhar dois caminhos de carreira:

  • Atuar no mercado de trabalho como Médico Generalista, pós-graduado em Medicina Intensiva; ou
  • Prestar a residência nessa especialidade.

Por que Dedicação Integral em Medicina Intensiva?

A dedicação integral na Pós-graduação em Medicina Intensiva do Ensino Einstein significa cumprir três anos, durante os quais o aluno tem determinados períodos livres, para que possa trabalhar como Médico Generalista, enquanto estuda.

Em geral, as Pós-graduações na área Médica são baseadas fortemente em conteúdo teórico e menos em atividades práticas.

“O diferencial desse curso é ser uma oportunidade para os egressos da Graduação em Medicina interessados em cuidar de pacientes em estado grave, tendo antes uma vivência prática consistente”, enfatiza o Dr. Joan.

Vivências práticas em diferentes situações

De acordo com o Médico, ao cursar essa Pós-graduação em Goiânia, o aluno fará atendimentos supervisionados a pacientes graves tratados pelo Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), onde é Coordenador da Unidade de Terapia Intensiva.

O HMAP é o segundo melhor hospital público do Brasil e possui uma unidade de alta complexidade com UTIs Pediátrica e Adulto. A vivência prática dos alunos inclui ainda mais quatro estabelecimentos de saúde, acompanhados de preceptores:

Em Goiânia:

  • Hospital Israelita Albert Einstein

Em São Paulo:

  • Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch – M’Boi Mirim
  • Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho – Vila Santa Catarina
  • Hospital Israelita Albert Einstein (unidade Morumbi)

Cada local com a sua especificidade para garantir mais experiência e diversificação do ensino-aprendizagem:

  • O Hospital Vila Santa Catarina conta com pacientes oncológicos;
  • O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia abriga pacientes cardiológicos e clínicos, entre outros;
  • As Unidades Einstein em Goiânia e Morumbi proporcionam a ampliação de conhecimentos em tecnologias avançadas e recursos em saúde de ponta.

“Esses ambientes permitem perfis diferenciados de pacientes graves, o que complementa satisfatoriamente a formação”, explica o Dr. Joan, também Pós-graduado em Neurointensivismo.

Vantagens da Pós-graduação em Medicina Intensiva:

O Dr. Joan lista algumas das vantagens que o egresso da Graduação em Medicina terá durante a Pós-graduação em Medicina Intensiva:

  • Oportunidade de aprender e conviver com um ensino de referência no cenário nacional da Medicina Intensiva, o qual zela por qualidade e segurança do paciente;
  • Vivência em protocolos, rotinas e políticas desenvolvidas por uma instituição com o selo Einstein;
  • Preparo necessário para a inserção no mercado de trabalho de uma maneira mais efetiva, a partir da boa qualificação técnica e teórica.

A Diretora de Ensino do Programa de Pós-graduação do Ensino Einstein, Olga Farah, relembra que fora de São Paulo e dos grandes centros urbanos há menos Médicos especialistas. Portanto, essa Pós-graduação análoga à residência deverá garantir uma atuação mais consistente a Médicos Generalistas que optarem por atuar no interior ou em hospitais de médio porte. “Essa experiência abrirá uma janela enorme para a sua carreira”, reitera a Diretora.

Assim como na residência, nesse curso o aluno deverá cumprir 60 horas semanais de atividades teóricas e práticas, sendo dois dias da semana direcionados para descanso ou algum outro plantão. Haverá também conteúdos complementares disponibilizados no modelo de Ensino a Distância, de oito horas semanais, de modo a auxiliá-lo a aprofundar seus conhecimentos teóricos.

“Além disso, nesses três anos o aluno participa de atividades envolvendo pesquisa, um diferencial para ingressar no mercado de trabalho como um bom Médico Pós-graduado nesse curso de Medicina Intensiva, já que desenvolve habilidades técnicas e teóricas, produzindo conhecimento com bastante consistência”, finaliza o Dr. Joan.

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