Carreiras

Ex-alunas da 1ª e da 30ª turmas da Enfermagem do Einstein analisam a formação e suas carreiras

Com muita dedicação e sem medo dos desafios, a Graduação em Enfermagem do Ensino Einstein reúne mais de 30 anos de acervo de boas recordações e aprendizado na mente de seus alunos

Três décadas separam a atuação profissional de Luciana Shmayev e Raquel Leonardi, ex-alunas da primeira e da trigésima turmas da Graduação em Enfermagem do Ensino Einstein, respectivamente. Ao longo desse período, a profissão jamais perdeu a essência do cuidar, mas experimentou grandes transformações técnicas e melhoria dos recursos voltados à assistência, pesquisa e gestão. Entre os exemplos, a adoção do prontuário eletrônico versus o manual, a criação do cateter central de inserção periférica e do cateter intravenoso jelco, proporcionando conforto ao paciente, entre outros tantos progressos.

Traçando um percurso de evolução com o propósito de atuar na prevenção, promoção, proteção e restabelecimento da saúde, a Enfermagem trabalha em parceria com a equipe multiprofissional, de forma a garantir o cuidado centrado no paciente.

Desse modo, a tomada de decisões relacionadas à área deve sempre visar o bem-estar, baseando-se na ética e no compromisso de manutenção dos conhecimentos e evidências por meio de boa formação acadêmica, atualizações, pesquisas, experiência prática e educação continuada.

Há mais de 30 anos, o Ensino Einstein tem se dedicado a formar Enfermeiros líderes em saúde, com a missão de contribuir para a sustentabilidade do setor no país. Tanto Raquel quanto Luciana acreditam que o ensino que tiveram foi a alavanca para a construção de uma carreira sólida como boas profissionais.

Luciana tinha 17 anos quando começou – juntamente com sua irmã – a Graduação em Enfermagem em outra instituição de ensino. Depois de um mês, descobriram que o Einstein estava lançando a mesma formação. “Então, transferimos o curso, atraídas pelo seu padrão de excelência e pela distância, pois morávamos perto do prédio da Instituição”.

Ela gosta de contar que estudou em uma sala de aula montada dentro do Hospital, com 40 alunos. “Foi uma época muito boa, conservo os amigos até hoje e nunca vou esquecer do grande aprendizado e do pioneirismo presente em nossa turma. O Einstein, os alunos e os professores abraçaram o desafio e no ano que vem estaremos comemorando 30 anos de formados”.

Luciana, que após a colação de grau, foi imediatamente contratada para atuar como Enfermeira de Terapia Intensiva, conta alegremente que todos os seus colegas da primeira turma seguiram carreira promissora.

Com Raquel não tem sido diferente. Ela foi a 13ª colocada no processo seletivo do Einstein. Segundo a Fundação para Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp), o último – realizado em 2021 – contou com 5,7 candidatos por cadeira, considerando o número de vagas e os inscritos durante o início e o meio do ano. “Já no começo da Graduação eu experimentei por completo o ambiente hospitalar e tive a certeza de que tinha feito a escolha correta”.

Hoje, aos 22 anos, ela diz que tem muito a comemorar, pois sempre quis fazer parte da equipe do Einstein e logo após formar-se foi contratada como Enfermeira Júnior. Agora, como profissional, Raquel ressalta que a vivência prática com base em protocolos mais avançados que teve na Graduação a auxilia no setor de urologia do Hospital, onde está atuando.

Luciana gosta de dizer que a sua Graduação contribuiu para que tivesse o melhor preparo no que diz respeito ao uso de materiais e simuladores, incluindo as experiências laboratoriais e em campos de estágio. “Muitas das minhas primeiras e boas atuações tiveram embasamento nas aulas práticas. Se eu voltasse ao tempo, faria tudo de novo, faria Einstein com toda certeza!”

Para Raquel a trigésima turma proporcionou todo o suporte para seguir a trajetória escolhida. A ex-aluna fez parte do Programa de Monitoria, cumpriu toda a carga horária curricular e extracurricular, além de fazer dois anos de Iniciação Científica. “Nessas vivências, conheci bons profissionais, a rotina de trabalho no Einstein na área administrativa e o dia a dia da assistência. Aproveitei ao máximo tudo o que o curso pôde me proporcionar e acho que evoluí junto com ele, que não para de acompanhar as tendências da área de dentro e fora do país”.

Conforme a Enfermeira Júnior, a internet e as novas tecnologias aplicadas à saúde mudaram o mundo tanto na área da educação quanto no ambiente profissional. “Na Graduação praticamos novas técnicas e temos todo o acesso aos artigos científicos nacionais e internacionais, além dos simuladores realísticos com robôs e atores que usamos para treinamentos práticos”.

Na opinião de Luciana, a tecnologia veio para ajudar e o equilíbrio entre o uso de novos equipamentos e a valorização da pesquisa e da produção do conhecimento em Enfermagem, que o Einstein sempre priorizou, faz uma grande diferença na boa formação de um profissional. Em sua época – em que não existia o celular e muitos alunos de diversas faculdades praticavam em peças em formol –, o Einstein já contava com bonecos altamente desenvolvidos. “Acredito que era a única Instituição de Ensino que tinha esse tipo de possibilidade muito moderna para aquele momento”.

Mesmo depois de formada, Luciana não parou de estudar, concluiu uma especialização em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pela Universidade de São Paulo (USP). “A minha formação como Enfermeira me deu uma base excelente para assumir novos desafios tanto profissionais quanto acadêmicos”.

Já Raquel escolheu fazer um estágio extracurricular junto a pacientes com COVID-19. “Foi essencial participar desse momento muito importante para a Enfermagem”. Essa experiência lhe deu segurança e bagagem para se inscrever e ser aprovada no processo seletivo da Instituição. “Além disso, se precisarem de uma Enfermeira para atuar junto a pacientes com COVID-19 já estou preparada”.

Conforme Luciana, o reconhecimento e a valorização da Enfermagem têm sido muito importantes para os profissionais dessa área no mundo todo, incluindo os Técnicos e Auxiliares de Enfermagem que também são fundamentais para garantir a saúde de toda a população. “A pandemia mudou as relações de trabalho e com os familiares dos pacientes, além de ter transformado os nossos hábitos como profissionais, fortalecendo a busca constante por melhorias nos processos. Acredito que tudo isso veio para ficar”.

O presente dessas duas gerações de Enfermeiras projeta suas realidades futuras. “Eu quero aprender bastante, poder cuidar muito bem de todos os meus pacientes e continuar me especializando na área acadêmica, desenvolvendo determinados estudos”, afirma Raquel.

Luciana, que dedicou oito anos de sua carreira a pacientes em UTI, é proprietária de uma empresa de treinamento e educação para Enfermeiros, graduandos e recém-formados, a qual está completando 22 anos. “A qualidade da minha formação, as minhas experiências e todos os desafios que assumi respaldam o caminho percorrido e a trajetória que ainda pretendo seguir, cumprindo a missão de facilitar e engajar os nossos alunos a serem mais autoconfiantes em suas carreiras”.

Pandemia e empregabilidade

Em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus, a saúde é uma das áreas com mais aumento do número de vagas no mercado de trabalho. O Einstein, que conserva o seu reconhecido pela alta taxa de empregabilidade, assiste à expansão dessa tendência somando 80% de seus alunos recém-formados já atuando como profissionais.

Na Graduação em Enfermagem do Einstein*, o índice de empregabilidade no último ano foi de mais de 60% em dois meses após a formatura. Essa aceleração certamente comprova a importância das equipes de Enfermagem como protagonistas da promoção do cuidado e da saúde populacional.

*O curso acaba de receber 5 estrelas no Guia da Faculdade 2021, do Estadão.

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