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O que esperar para o futuro na área de Nutrição?

No Dia do Nutricionista, há muito a comemorar e esperar do futuro, com desafios para uma capacitação que amplie os conhecimentos nas diversas áreas de atuação

Celebrado hoje, 31 de agosto, o Dia do Nutricionista é um convite à reflexão sobre o futuro da profissão. “Vejo entre os grandes desafios a capacitação cada vez mais eficiente, para que esses profissionais sejam aptos a trabalhar no enfrentamento das doenças crônicas”, diz a Nutricionista e Coordenadora da Graduação em Nutrição da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), Ana Maria Pita Lottenberg.

O papel do Nutricionista, segundo Ana, passa por uma constante expansão com os avanços tecnológicos, o aumento da conscientização sobre a busca de uma alimentação saudável e o crescimento das pesquisas na área.

“Esperamos para o futuro que esses profissionais sejam ainda mais requisitados, como agentes essenciais na melhoria da qualidade de vida”, pontua. A Coordenadora lembra que as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia enfatizam a relação significativa entre a obesidade e o aumento do risco de doenças crônicas.

Panorama atual preocupante

A população brasileira vive atualmente um panorama preocupante. “As estimativas apontam que mais da metade da população adulta tem sobrepeso ou obesidade”, alerta Ana, que coordena o departamento de Nutrição da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO).

O quadro preocupa, porque a obesidade leva à ocorrência de várias outras patologias, culminando no aumento do risco cardiovascular.

Enfrentamento às doenças crônicas não transmissíveis

A Coordenadora cita um documento fundamental na promoção da saúde pública no Brasil: o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não transmissíveis no Brasil 2021-2030.

A Nutrição é um dos pilares desse documento, uma vez que hábitos alimentares inadequados estão diretamente relacionados ao desenvolvimento e à progressão das doenças.

Uma alimentação equilibrada e acessível do ponto de vista econômico é a estratégia primária de prevenção.

“O incentivo ao consumo de alimentos in natura, a redução de ultraprocessados e o controle da ingestão de açúcares, sódio e gorduras saturadas são diretrizes fundamentais presentes nesse documento”, sinaliza.

A capacitação de profissionais de saúde, especialmente em Nutrição, é mencionada como primordial para o sucesso das políticas públicas.

Causas de morbidade e mortalidade

“As doenças crônicas não transmissíveis estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade, no Brasil e no mundo. Obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares são condições associadas a um estilo de vida inadequado”, comenta a Nutricionista Roberta Marcondes Machado, docente da Disciplina de Células e Genes, da Graduação em Nutrição do Ensino Einstein.

O tratamento das doenças, explica Roberta, envolve o trabalho de equipes multidisciplinares e reforça a importância da atuação de nutricionistas. Isso contribui com mudanças no padrão alimentar, uma vez que as principais medidas estão associadas à alimentação.

“Nesse cenário, a presença de nutricionistas capacitados a atuar de forma ética e responsável, com condutas baseadas em evidências científicas, tem grande importância na prevenção e tratamento das doenças crônicas”, diz a docente.

A relevância da educação nutricional

“Uma alimentação saudável só requer suplementação de macro e micronutrientes em situações especiais”. O mundo evoluiu e precisa da indústria de alimentos, isso é fato. Mas o que deve ser levado em conta é a educação nutricional”, acrescenta Ana.

Muitas vezes, as pessoas substituem em suas refeições alimentos in natura por ultraprocessados, por diversas razões. “Daí a necessidade do conhecimento da técnica dietética, de saber o que estamos comendo, trabalhando a nutrição como ciência, não como moda”.

Quais são as áreas de atuação do Nutricionista?

Entre as principais áreas de atuação do Nutricionista, estão:

– Clínica: atendimento em consultórios, hospitais e clínicas.

– Esportiva: desenvolvimento de planos alimentares para atletas e praticantes de atividades físicas, com acompanhamento nutricional.

– Em Saúde Pública: implementação de políticas públicas, com a promoção de ações educativas.

– Indústria de Alimentos: pesquisa e desenvolvimento de novos produtos alimentícios, com a melhoria da composição nutricional de alimentos industrializados.

– Educação e Pesquisa: atuação em universidades e instituições de ensino, com estudos científicos.

E como o Ensino Einstein se diferencia no preparo do aluno? 

O aluno do Einstein, ressalta Ana Maria, passa por todas as áreas, incluindo o eixo da gestão e liderança. “Temos, por exemplo, uma cozinha que produz mais de 10 mil refeições/dia, com um grupo de nutricionistas em compras, na elaboração de cardápios, no controle de qualidade e nas adaptações de dietas”, cita.

Desde o início da Graduação, complementa a Coordenadora, o estudante de Nutrição é inserido em políticas de saúde pública, a partir da metodologia Project Based Learning (PBL), com soluções de problemas práticos, sob a supervisão de tutores da própria instituição.

“Os estágios são realizados no próprio ambiente Einstein, o que permite ao graduando acompanhar de perto o comprometimento que a organização tem com a saúde pública”, finaliza a Coordenadora.

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