Saiba como funciona a metodologia Lean Six Sigma e sua utilização na gestão em saúde
Com raízes na indústria automotiva, metodologia Lean Six Sigma é utilizada em cursos de Pós-graduação do Ensino Einstein, para apoiar na gestão em saúde

A Lean Six Sigma tem o propósito de melhorar processos para aumentar a eficiência operacional. Implementá-la na área de saúde é a motivação do Engenheiro e Coordenador Acadêmico dos dois cursos de Pós-graduação que aplicam esta metodologia, Guilherme Andrade Ferreira, que atua no Programa Einstein de Excelência Operacional desde 2015.
“Dentre as minhas atribuições, juntamente com a equipe de Ensino Einstein, acompanho projetos de melhoria contínua de processos, desenvolvidos pelos alunos na Academia Einstein de Excelência Operacional”, afirma Guilherme.
“Há nove anos foi criada a Pós-graduação em Excelência Operacional na Área da Saúde – Lean Six Sigma, do Ensino Einstein. E desde outubro deste ano, temos a Pós-graduação em Gestão de Processos Aplicados à Saúde”, cita o Coordenador.
Qual o objetivo do Lean Six Sigma na saúde?
Em ambos os cursos são compartilhadas ferramentas e práticas de gestão em saúde, com certificações que possibilitam agregar valor às carreiras e instituições. Além do impacto organizacional, a vantagem está no reconhecimento e oportunidades na área.
Na Pós-graduação em Excelência Operacional, o aluno recebe a certificação Green Belt, enquanto na Pós-graduação em Gestão de Processos, o foco é a formação básica (White Belt).
Como funciona o sistema de certificações?
A Lean Six Sigma está associada a um sistema de certificações em níveis de proficiência, representados pelas faixas White Belt, Green Belt e Black Belt. Elas indicam o grau de conhecimento e responsabilidade de cada profissional na aplicação da metodologia.
- White Belt: nível introdutório, no qual os profissionais têm a visão geral dos conceitos Lean Six Sigma e participam de projetos de melhoria de forma limitada.
- Green Belt: nível intermediário, no qual os profissionais se tornam líderes de projetos e aplicam ferramentas e técnicas Lean Six Sigma para resolver problemas de média complexidade.
- Black Belt: nível avançado, com profissionais especialistas em Lean Six Sigma, que lideram projetos de grande impacto, além de orientar outros membros da equipe.
“São certificações de mercado, mas desenhadas para a saúde. Elas garantem que os profissionais tenham a competência necessária para implementar e conduzir iniciativas de melhoria contínua”, esclarece Guilherme.
Entenda a origem e as funcionalidades da metodologia
A Lean tem raízes no Sistema Toyota de Produção, criado no Japão na década de 1950, voltado a eliminar desperdícios e otimizar o fluxo de trabalho.
Já a Six Sigma foi introduzida pela Motorola nos anos 1980, nos Estados Unidos, com objetivo de reduzir a variabilidade e defeitos nos processos, por meio de análises estatísticas.
A junção das duas abordagens, que ocorreu entre o final dos anos 1990 e início dos 2000, permite que as empresas usem uma metodologia integrada para melhorar a qualidade e a eficiência de seus processos, maximizando resultados.
Diferenciais da Pós-graduação em Gestão de Processos Aplicados à Saúde
A Pós-graduação em Gestão de Processos Aplicados à Saúde, em formato EAD, busca o aprimoramento de habilidades gerenciais e de liderança.
Ela apresenta uma abordagem moderna para as problemáticas de forma estruturada, por meio da gestão de processos, para melhoria contínua e garantia da qualidade dos serviços prestados em saúde.
Ao concluir o curso, o aluno recebe duas certificações: da Pós-graduação Lato Sensu em Gestão de Processos Aplicados à Saúde e da White Belt – Lean Six Sigma.
“Tudo isso é oferecido dentro do Einstein. É uma metodologia de mercado que adaptamos. Todos os nossos exemplos são da saúde, não só para a rede privada, mas também para o setor público”, diz o Coordenador.
Conhecimento básico para a melhoria nos processos
“Nosso objetivo para esse novo curso é proporcionar o conhecimento dos processos da saúde de forma geral, com ferramentas que podemos utilizar na gestão”, lembra Guilherme.
O programa destaca-se pela orientação no gerenciamento das atividades em diferentes segmentos em saúde. Envolve qualidade, efetivamente, além de ferramentas mais robustas para propor melhorias.
“Buscamos a visão geral dos principais processos de saúde, para criar e acompanhar indicadores, com ferramentas atuais para a gestão de processos, seja para mapeá-los ou melhorá-los”, ressalta o Coordenador.
Quem é o público-alvo dos cursos?
O perfil para ambos os cursos que abordam as ferramentas do Lean Six Sigma é formado por profissionais que atuam na área da saúde, em cargos sêniores e/ou baixa e média liderança.
O grupo reúne gestores da área da saúde, interessados em iniciativas de gestão, que buscam ferramentas para aprimorar habilidades gerenciais e de liderança.
Muitos, segundo Guilherme, são profissionais que migram do operacional para o tático. Alguns trabalham na operação e conhecem os processos da área da saúde, mas almejam ganhar ferramentas de gestão para fazer a movimentação na carreira.
“Ao final de cada curso, realizamos um encontro em nosso Centro de Simulação Realística do Einstein, onde os alunos podem aplicar as ferramentas e metodologias abordadas durante o curso para resolverem um problema real em um cenário de saúde”, ressalta Guilherme.
Como é uma certificação mais completa, para a formação como Green Belt na Pós-graduação em Excelência Operacional é necessária a aplicação prática, com a entrega de um projeto aplicado utilizando a metodologia, através do trabalho de conclusão de curso.