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Simpósio Internacional discute tendências no ensino em saúde

​Evento reúne educadores e alunos para troca de experiências sobre temas como ciência do aprendizado, liderança, novas tecnologias e saúde mental.

Atento sempre às novas metodologias de aprendizagem, o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) realizou pela segunda vez o Simpósio Internacional de Educação em Saúde: Desafios e Perspectivas. O evento, ocorrido entre os dias 31 de agosto e 1o de setembro em São Paulo, contou com debates sobre as principais tendências na área de ensino, workshops práticos para professores, palestras com especialistas estrangeiros, entre outras atrações.

“O simpósio foi uma ótima oportunidade para a troca de experiências em educação. Conseguimos não só mostrar o que estamos fazendo e aprendendo aqui, mas também conhecer o que está sendo realizado por outras instituições do Brasil e do exterior”, avalia o diretor superintendente de Ensino do Einstein, Felipe Spinelli de Carvalho .

Na programação, destacaram-se temas como ciência do aprendizado, liderança, novas tecnologias e saúde mental. “Podemos dizer que estes são alguns dos tópicos mais quentes no momento em educação em saúde”, comenta Dra. Lívia Almeida Dutra, médica do processo ensino-aprendizagem e membro da comissão organizadora do evento.

Sobre a Ciência do aprendizado, o diretor da Harvard Medical School Academy, Prof. David A. Hirsh, falou de growth mindset – termo em inglês que pode ser traduzido por mentalidade de crescimento. Usado por educadores e estudantes em várias partes do mundo, esse conceito se refere ao desenvolvimento da inteligência a partir da dedicação e do esforço. Pessoas com growth mindset focam na melhoria e não se preocupam tanto com o fracasso eventual. Elas buscam pensamentos positivos aliados a ações, o que cria um maior interesse pelos estudos e otimiza a aprendizagem.

A Professora Axelle Bagot, da Harvard Kennedy School of Government, conduziu a plenária Liderança adaptativa – expressão que envolve capacidade de mobilizar pessoas para que consigam progredir diante de desafios que mudam a toda hora. O Professor Roy Phitayakorn, também da Harvard Medical School, falou sobre como as novas tecnologias podem ser usadas para incrementar a interatividade em sala de aula e facilitar o aprendizado.

saúde mental, por sua vez, foi debatida juntamente com o Dr. Fábio Pinato Sato, psiquiatra e coordenador do Núcleo de Apoio ao Estudante da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, em uma plenária interativa, abrangendo problemas como síndrome de burnout, depressão e suicídio. “Discutimos sobre como lidar com esses problemas psiquiátricos nas instituições de ensino e como ajudar nossos alunos a desenvolver resiliência”, conta Dr. Paolo Rogério de Oliveira Salvalaggio, que também é membro da comissão científica e organizadora do evento.

Novas metodologias de ensino em saúde​

Além de reforçar o compromisso do Einstein na geração de conhecimento, o II Simpósio Internacional de Educação em Saúde contribuiu para divulgar inovações que vêm sendo utilizadas pela instituição na área de ensino, como cursos online, simulações realísticas e métodos ativos de aprendizagem.

A Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein foi pioneira no uso do TBL (team-based learning), uma metodologia ativa de ensino baseada no aprendizado em grupo, nas graduações de Medicina e Enfermagem. “Quando usamos metodologias ativas nas salas de aula, deixamos de dar aulas expositivas e propomos atividades em grupo, para que os alunos resolvam problemas reais”, comenta Dra. Lívia. “Pesquisas mostram que essa interação entre pares faz com que o aluno guarde mais informações”, acrescenta.

Mesmo que essas novas metodologias não sejam aplicadas apenas na área da saúde, o Einstein tem conseguido explorar algumas de suas peculiaridades para aprimorar o aprendizado dos alunos. “Com grande incentivo das metodologias ativas, o TBL [Team Based Learning], por exemplo, tem demonstrado diversos impactos positivos para nossos alunos de graduação”, comenta Felipe Spinelli. “Representantes de outras instituições têm nos visitado, inclusive, para conhecer como temos utilizado essa prática de ensino”, acrescenta.

Segundo o diretor superintendente de Ensino, o II Simpósio Internacional de Educação em Saúde reforça o interesse do Einstein em continuar investindo em novas metodologias de aprendizagem.​

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