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Você sabe o que faz um Técnico em Enfermagem?

O Técnico em Enfermagem pode atuar em diversas áreas da saúde, colaborando com a assistência de diferentes especialidades

Você já parou para pensar sobre as habilidades necessárias para seguir a carreira de Técnico em Enfermagem? Joice Mayumi Miyazato é Enfermeira com residência na área cardiovascular Adulto e Neopediátrico e experiência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de Coordenadora da Escola Técnica do Einstein, ajudando muitos alunos a avaliar sua vocação e desenvolver suas competências na área.

Ela conta que trabalhava no período da manhã e tarde como supervisora de estágios dos alunos dos cursos de Técnico em Enfermagem da Escola Técnica do Einstein, entre 2009 e 2011.

Ficou interessada em ingressar na área de educação e, em 2012, participou de um processo seletivo para docente da Escola Técnica do Einstein. Em fevereiro do mesmo ano, foi contratada e passou a lecionar a disciplina de Terapia Intensiva e Urgência e Emergência voltada a pacientes em estado grave.

Essas experiências deram a ela conhecimento e vivência tanto na formação de Técnicos em Enfermagem, processos administrativos educacionais, quanto como agente na formação e desenvolvimento de futuros profissionais dessa área.

Destaque da carreira de Técnico em Enfermagem

Entre as diversas características necessárias à carreira de Técnico em Enfermagem, Joice destaca o cuidado com o paciente. “Como ele lida com vidas diretamente, é primordial que tenha conhecimento teórico e prático consistente, aprendido e retido durante os dois anos de sua formação”.

Outro fator é o desenvolvimento e aprimoramento do trabalho em equipe. “Esse profissional não trabalha sozinho. Ele precisa compartilhar todos os aspectos do cuidado com seus colegas, envolvendo diversos perfis de paciente”, diz Joice.

O Técnico em Enfermagem e o ambiente colaborativo

O Técnico em Enfermagem deve dar atenção tanto a pacientes que são independentes como também aos completamente dependentes: os acamados com nível baixo de consciência ou sedados, por exemplo.

Há pessoas internadas que passam por procedimentos simples e conseguem manejar seus cuidados com a higiene, como banho, alimentação via oral etc. Outras exigem um cuidado intenso e contar com profissionais da equipe proporciona uma assistência com mais qualidade.

Relacionamento e boa comunicação em Enfermagem

As atividades em conjunto demandam interação entre os profissionais e boa convivência. Na Escola Técnica Einstein, há diferentes perfis de alunos com idades variadas nos cursos Técnico em Enfermagem e Ensino Médio Integrado ao Técnico em Enfermagem.

“Neles ressaltamos que o mercado de trabalho seleciona pessoas de diversos tipos e será necessário saber trabalhar com o outro independentemente de sua personalidade. O mais importante é oferecer serviços de qualidade com segurança e boas tomadas de decisão em prol do paciente”, explica Joice.

Técnico em Enfermagem com empatia

A empatia é uma habilidade destacada pela especialista. “O Técnico em Enfermagem é muito apreciado quando tem a capacidade de compreender a completa situação física e emocional do paciente, exercitando a doação genuína para promover o bem-estar da pessoa tratada”.

Atuando na área da saúde como Enfermeira há 16 anos, ela cita o alto nível de empregabilidade e grandes oportunidades de inserção no mercado de trabalho, logo após a conclusão do curso.

“A grande maioria de profissionais contratados para atuar nos diversos campos da Enfermagem é composta por Auxiliar e Técnico em Enfermagem”, diz Joice.

Requisitos para a carreira de Técnico em Enfermagem

Segundo ela, para entrar ou se recolocar no mercado de trabalho não basta ter boas pontuações em provas de conhecimentos específicos. Depois dessa etapa costuma haver uma entrevista.

“Nesse momento é fundamental relatar sobre as experiências, as habilidades, nível de atualização teórico e prático e desafios enfrentados”, adianta a Enfermeira. Além disso, são analisadas:

  • postura profissional, ética, flexibilidade, adaptabilidade, autocuidado, além de discrição no que diz respeito às informações dos pacientes;
  • os níveis de confiabilidade, segurança e credibilidade, recepção de feedbacks,

capacidade de gerar boa comunicação, entrosamento e assiduidade.

“Esses aspectos têm sido até mais relevantes do que conhecimento e habilidade, que podem ser aprendidos. Já a mudança de comportamento é a mais desafiadora”.

Diferença do Auxiliar e do Técnico em Enfermagem

O Técnico em Enfermagem passa por duas etapas de formação. Ao concluir o primeiro ano, o aluno estará apto a exercer as funções de Auxiliar de Enfermagem. Com essa capacitação, ele pode atuar em setores de baixa complexidade, portanto apto a cuidar de pacientes estáveis.

Já o Técnico em Enfermagem, ao concluir o curso, pode atuar em setores como UTI, Unidade Semi Intensiva, urgências e emergências. Ou seja, pacientes de média e alta complexidades. Nesse nível, ele pode optar por realizar especializações em:

  • Oncologia, Terapia Intensiva Adulto, Atendimento Pré-Hospitalar;
  • Enfermagem em UTI Neonatológica e Pediátrica

“É uma ótima maneira de se diferenciar como profissional e somar vantagens no mercado de trabalho, aumentando tanto as chances de contratação quanto de promoção e desenho de carreira”, conclui Joice.

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