Profissionais da Enfermagem e suas atuações heroicas ao longo da história
A COVID-19 é mais um acontecimento que traz à tona a importância da área da Enfermagem e o seu papel fundamental na existência humana.
A história da Enfermagem demonstra o quanto essa profissão – hoje tão em ascensão na mídia – está ligada a grandes crises e a momentos impactantes na existência humana, a exemplo da pandemia do novo coronavírus. A cada nova doença e surgimento das chamadas ‘pestes’, que se espalhavam pelas primeiras civilizações, o papel das pessoas que cuidavam passava por transformações tanto na ampliação de seus conhecimentos, quanto na consolidação de sentimentos de respeito e de reconhecimento da sociedade da qual faziam parte.
Apesar de ter começado a se institucionalizar como profissão na Europa por volta do século XVI, principalmente a partir da Revolução Industrial, foi somente no século XIX que a função, de fato, ganhou notoriedade, começando pela Inglaterra, por meio da influência e atuação de Florence Nightingale. Jovem brilhante, rica, bem-relacionada e impetuosa, Florence rebelou-se contra o papel convencional das mulheres – o de tornarem-se esposas submissas -, encontrando o seu caminho na Enfermagem.
Nascida em Florença, em 12 de maio de 1820, Florence Nightingale foi uma Enfermeira, estatística, reformadora social e escritora britânica que ficou famosa por ter sido pioneira no tratamento a feridos durante a Guerra da Crimeia. Considerada a fundadora da Enfermagem Moderna, foi pioneira na utilização do modelo biomédico, baseando-se na medicina praticada pelos médicos. Ela faleceu em Londres, no dia 13 de agosto de 1910, e até hoje é referência mundial da Enfermagem.
Os 200 anos de seu nascimento são celebrados neste ano. E nada mais contextualizado do que a grande atuação de enfermeiros e de equipes de Enfermagem à frente da pandemia ocasionada pela disseminação do novo coronavírus. Com isso, novamente assumem o papel de protagonistas em mais uma crise histórica vivida pela humanidade.
Conforme explica a Enfermeira e professora da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), Beatriz Murata Murakami, a profissão oferece muitas possibilidades de atuação. “Nós podemos ocupar diversos cargos e funções na área da saúde e atuar com o propósito verdadeiro de realmente tomar decisões diante de problemas de saúde, além de desenvolver habilidades de prever doenças, de educar pessoas para serem mais saudáveis e atuar na assistência direta ao paciente”.
De acordo com ela, que também é Coordenadora da Pós-Graduação em Enfermagem em Terapia Intensiva do Ensino Einstein, o mundo está vendo a área da Enfermagem “desempenhando um papel fantástico, fazendo parte de um cenário em que a sua inserção é fundamental, pois seus profissionais conhecem muito profundamente a realidade dos hospitais”.
Ao lado do paciente
Em um momento em que a saúde ganha destaque principal nas manchetes, o Dr. Sidney Klajner, Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, ressalta a importância do trabalho integrado dos diversos profissionais e da capacitação para lidar com diferentes situações. “Não adianta ter os melhores equipamentos se não tiver bons profissionais aptos a utilizá-los”, explica.
Ele também destaca o papel da enfermagem à frente do atendimento do paciente como o centro de tudo, com o proposito de cuidar, orientar e amenizar o sofrimento. “No passado, falava-se que o médico traz o paciente, mas é a enfermagem que permite que ele queira voltar. E é verdade. São com esses profissionais que eles convivem todos os dias, por meio de cuidado, orientação e atitudes preventivas. É necessário ter muita vocação, dedicação e treinamento para desempenhar essas funções”, conclui.
O cenário atual ressalta também as possibilidades de atuação dos enfermeiros, que têm ganhado projeção nacional na luta contra o novo coronavírus. É o caso da Michelle Jaures, enfermeira graduada pela Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, e, atualmente, responsável pela gestão assistencial das áreas de Enfermagem e Multiprofissional do Hospital de Campanha do Pacaembu.
Outro destaque foi dado à atuação da Enfermagem diante de tomadas de decisões relacionadas às políticas públicas com a principal missão de criar estratégias para controlar a pandemia. “O nosso protagonismo foi considerado pela mídia e sociedades do mundo todo, mostrando o quanto temos a alcançar em nossas profissões em diferentes frentes”, alegra-se Beatriz Murata.
Para ela, o enfermeiro escolhe a profissão porque quer todos os dias contribuir com a saúde e o cuidado dirigidos às pessoas. “Esse objetivo é permeado de muito esforço, dedicação, trabalho e estudo, tal qual qualquer outra profissão do setor”.
Futuro
Com todo esse reconhecimento, Beatriz, mestre e também doutoranda em Enfermagem, espera que o fim da pandemia possa trazer também outros benefícios para a sua área. “É fundamental rever as políticas de remuneração, de condições de trabalho e da carga horária de cada plantão”.
Isso porque outros ganhos já estão sendo notados. Equipes dentro de hospitais estão mais unidas e coesas, reforçando o diálogo sobre o trabalho colaborativo. “Eu acho também que isso pode deixar um legado para novos formatos de atuação”.
E para que esse trabalho fundamental dos enfermeiros continue sendo desempenhado, novos profissionais estão sendo capacitados na área, por meio dos cursos de graduação. Na Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, são mais de 30 anos formando enfermeiros para atuar tanto no Hospital Israelita Albert Einstein quanto nos mercados nacional e internacional.
Anualmente a Faculdade tem formado 50 enfermeiros e, a partir de 2021, passará a colaborar com a formação de 120 profissionais por ano, sendo uma turma com início no primeiro semestre e a outra no segundo. Clique aqui e veja mais detalhes para a inscrição no Vestibular do 2º semestre de 2020 da Graduação em Enfermagem do Einstein.