Alunos da Graduação em Fisioterapia do Einstein participam de intercâmbio nos EUA
Vivência no Methodist Hospital e no Sports Center, em Houston (Texas), proporcionou aprendizado prático e cultural a alunos da Graduação em Fisioterapia do Einstein

Alunos da Graduação em Fisioterapia da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE) participaram este ano de um intercâmbio nos Estados Unidos. O objetivo foi conhecer a prática da profissão, por meio de um estágio observacional.
Eles acompanharam de perto Fisioterapeutas no Methodist Hospital e no Sports Medicine em Houston, no Texas, entre janeiro e fevereiro de 2025, divididos em duas turmas.
No hospital, que está entre os melhores da América do Norte, funcionam a Enfermaria e a UTI, atendendo pacientes de todas as idades e níveis de complexidade.
Já no Sports Medicine, são atendidos atletas de modalidades como Rugby, Futebol, Vôlei e Basquete.
Os estudantes tinham a opção de ver o trabalho nos dois locais ou optar por um. E cada Fisioterapeuta podia ser acompanhado em seu dia a dia por dois universitários, no máximo.
“Os alunos tinham condições de acompanhar e compreender o que veriam na prática, porque tinham concluído o terceiro ano do curso. Fluentes em inglês, não tiveram dificuldades”, conta a Coordenadora da Graduação em Fisioterapia do Einstein, Karina Tavares Timenetsky, responsável por todo o alinhamento feito com a instituição americana.
Bagagem enriquecedora
A Graduação em Fisioterapia é um curso recente no Ensino Einstein e essa foi a primeira iniciativa de intercâmbio da área.
Na avaliação da Coordenadora, oportunidades como essa ampliam a visão dos alunos, proporcionando crescimento pessoal e profissional, além de amadurecimento. “É muito importante o contato com outras culturas para conhecer as diferenças da profissão entre os países e enxergar outras oportunidades de trabalho”, exemplifica.
Segundo ela, as vivências permitiram que eles também exercitassem um inglês mais técnico, o que os beneficia para ler artigos científicos e participar de congressos.
Uma profissão que só cresce
A Fisioterapia é uma área em constante evolução e expansão. “O reconhecimento pela profissão cresceu por meio dos esportes, estimulado por meio das Olimpíadas”, comenta a Coordenadora.
Após a pandemia, em que a área foi muito atuante no enfrentamento da COVID-19, a valorização continuou crescendo. “Com mais inovações e o próprio empreendedorismo, ampliaram-se as possibilidades de atuação”, acrescenta.
Experiências para a vida
Sara Morais Mesquita conta que o intercâmbio no Methodist Hospital foi uma das experiências mais marcantes e transformadoras de sua jornada acadêmica.
“Tive o privilégio de atuar em diversas áreas da UTI, acompanhando pacientes em condições graves, desde os que estavam em recuperação pós-transplante, até aqueles com lesões severas, pneumonia, complicações oncológicas e casos pós-cirúrgicos ortopédicos”.
A vivência facilitou sua percepção sobre o quanto a atuação do Fisioterapeuta vai além da reabilitação física. “É também sobre oferecer alívio, acolhimento e apoio emocional em momentos de extrema vulnerabilidade”, reforça.
A percepção sobre o preparo da formação acadêmica para o mercado de trabalho foi marcante para Isabella Leite, que conheceu o Centro Ortopédico e Esportivo.
A estudante teve a chance de observar a atuação dos fisioterapeutas em outras instituições parceiras, como o Houston Ballet e o World Champion Center, centro de treinamento de ginástica olímpica da medalhista Simone Biles.
“Consegui aplicar conhecimentos, desenvolver raciocínio clínico adequado para cada caso, realizar diagnósticos fisioterapêuticos e traçar protocolos de atendimento. Além disso, vivenciar essa prática em outro idioma tornou tudo ainda mais desafiador e gratificante, reforçando minha confiança profissional”, relata Isabella.
Julia Machado da Costa Pennone conheceu o trabalho do hospital e do Sports Medicine. “Tive aprendizagens tanto acadêmicas quanto pessoais, com a oportunidade de acompanhar Fisioterapeutas que são referências, participar de aulas e palestras complementares de diversas áreas da saúde e conhecer a cultura local”.
A aluna destaca sua vivência com os diversos pacientes com diagnósticos simples e complexos, tratamentos desafiadores e a importância do trabalho em equipe.
Luisa Mauad também acompanhou os Fisioterapeutas da clínica esportiva e de ortopedia. “A troca de conhecimentos me motivou muito. Todos os Fisioterapeutas foram solícitos e estiveram sempre dispostos”.
A estudante aprendeu sobre os exercícios, equipamentos não utilizados no Brasil e sobre como aplicar tudo isso nas sessões. “A linha de raciocínio deles é muito semelhante à que vimos na teoria nos nossos estudos”, compara.
Aprendendo com as diferenças
Conhecer as diferenças entre os equipamentos para atendimento a atletas e os usados para reabilitação de pacientes não esportistas foi um ponto que chamou a atenção de Clara Castello.
“Vi diferentes equipamentos, tecnologias e também formas de cuidado diversas. Os Fisioterapeutas são muito eficazes e fazem os atendimentos renderem bem. Acompanhei casos que antes só tinha visto na teoria”, relata a estudante.
Gabriella Galletti Bossi acompanhou Fisioterapeutas tanto no ambiente hospitalar quanto em uma clínica de reabilitação, vivenciando diferentes abordagens e técnicas.
“Na primeira semana, estive no hospital, observando a Fisioterapia em setores como cardiologia, terapia intensiva e terapia ocupacional. Foi interessante perceber como a reabilitação começa já nas fases mais agudas da internação”, observa.
Já na segunda semana, na clínica de reabilitação, a experiência foi mais próxima dos pacientes, permitindo o acompanhamento de sua evolução e entendimento das preferências dos terapeutas. “Esse contato mais humanizado me mostrou a importância de um monitoramento detalhado e contínuo”, reforça Gabriella.
Variedade de especialidades
Nicole Mayumi Katiki passou pelos dois campos de estágio: o hospital e a clínica ortopédica, surpreendendo-se com a variedade de especialidades e áreas de atuação na Fisioterapia.
“Foi uma experiência incrível acompanhar a rotina de Fisioterapeutas renomados em um hospital reconhecido como o número 1 do Texas. Notei as diferenças culturais, de protocolos adotados, assim como o uso de aparelhos, recursos e técnicas mais atuais. Os profissionais de Fisioterapia são muito valorizados lá fora”, destaca.
A estudante Giulia Polloni observou que, nos Estados Unidos, os Fisioterapeutas não atuam na parte respiratória. “No Brasil, atuamos no controle da secreção até a ventilação mecânica”, observa.
Por outro lado, o tratamento de ferimentos, como escaras, chamou sua atenção. “É uma área nova para nós. Eles tratam feridas até mesmo de nível alto de gravidade, com um cuidado muito diferenciado, evitando ao extremo as amputações. Eu me apaixonei por essa área”, conclui.