Da 1ª turma da Graduação em Medicina à Residência do Ensino Einstein
Em 2016, a Dra. Carolina Dal Bo iniciava a Graduação em Medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein. Hoje está prestes a terminar a Residência
A educação desempenha um papel vital na formação de profissionais líderes em saúde, que tenham competências técnicas e socioemocionais, além de ética, humanização e inclinação para produzir e adquirir conhecimentos científicos.
Essas são algumas das premissas da Dra. Carolina Rodrigues Dal Bo. Ela tem 25 anos e carrega o orgulho de ter feito parte da primeira turma da Graduação em Medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).
Em 2016, quando ingressou no curso, tinha apenas 17 anos. Foi com essa idade que ela deixou sua cidade natal, Rondonópolis, no Mato Grosso, para viver na capital paulista, a fim de realizar o plano de ser Médica, uma vez que conquistou uma Bolsa de Estudo da FICSAE.
“Essa mudança foi bastante desafiadora, mas o ambiente acolhedor do Einstein e o vínculo com os professores e alunos foram fundamentais para a minha adaptação e equilíbrio emocional. Hoje em dia eu adoro a cidade de São Paulo”, conta.
Como foi fazer parte da 1ª turma da Graduação em Medicina?
Voluntariamente, ela foi monitora nas disciplinas de morfologia e semiologia, envolvendo-se em atividades de Iniciação Científica (IC). “Eu fiz três ICs. A primeira foi sobre a doença dengue, quando tive oportunidade de frequentar rotineiramente o laboratório de imunologia do Einstein, para acompanhar os testes de diagnóstico”, lembra a Dra. Carolina.
A segunda abarcou a cirurgia vascular, também com abordagens em bancada de laboratório englobando diversos experimentos sobre o assunto. A última foi sobre neurofisiologia, quando aprofundou os estudos sobre certas doenças características do encéfalo.
Ela conta que amadureceu junto com o curso. “Foi um período de crescimento muito significativo. Eu, assim como os outros alunos, me sentia parte da estruturação da Graduação. Os professores foram flexíveis, nos ouviam e acatavam nossas ideias, pois sempre pensávamos em evoluir tanto como alunos quanto no papel de futuros Médicos”.
Residência em Neurologia no Einstein
Com foco em ingressar na Residência em Neurologia, no quinto ano ela começou a se preparar. Assim que concluiu a Graduação em Medicina, em 2021, pôde comemorar duas conquistas. “Fui aprovada direto e senti que valeu todo o meu esforço”, relembra a Médica.
A escolha por essa especialidade foi traçada ao longo da Graduação. “Já no 1º semestre eu percebi o meu interesse pelo tema”. Mas teve a certeza de que seguiria carreira nessa área durante o estágio adicional de um mês no internato, quando optou por receber aulas práticas de Neurologia.
“O que mais me encantou na época foi a realização dos exames físicos em pacientes neurológicos. São muito ricos, pois permitem diagnosticar e determinar condutas a partir do contato direto com cada paciente”, explica.
De acordo com ela, a especialidade permite criar vínculo com o paciente, de modo a acompanhar toda a sua evolução. “Durante a Graduação, eu fui inspirada por grandes professores, Médicos especialistas em Neurologia que pude acompanhar em suas rotinas no corpo clínico”.
Em março, ela iniciará o último ano da Residência (R3) e já planeja estender por mais um ano, em 2025, um fellowship em alguma subespecialidade dentro da Neurologia, que poderá ser dentro ou fora do Brasil.
“Ainda não decidi qual área exatamente, porque eu gosto muito do todo, porém me sinto completamente atraída pela possibilidade de aprofundar todo conhecimento que eu puder”, diz a Médica.
Do Hospital Israelita Albert Einstein ao Sistema Único de Saúde
Já na Graduação em Medicina, a Dra. Carolina frequentou os ambientes de hospitais municipais e Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além do Einstein. Na Residência, a sua rotina nesses ambientes está ainda mais focada na especialidade em Neurologia.
“Tenho contato com diferenciados casos, o que agrega substancialmente como experiência, junto às equipes tanto do Einstein quanto do Sistema Único de Saúde (SUS), ao diagnosticar e discutir condutas e protocolos para tratamentos”, ressalta a Dra. Carolina.
Estudar nunca é demais
Após realizar o plano de fazer um fellowship, o passo seguinte será dividir o seu tempo como profissional de ensino e pesquisa. “Pretendo fazer Mestrado e Doutorado para contribuir com a produção de conhecimento em Neurologia”.
Com uma personalidade voltada aos estudos e planejamento, ela conta que conseguiu realizar seus projetos a partir de muita programação, disciplina, método e foco. “Eu decidi fazer a Graduação em Medicina, em São Paulo, quando eu estava cursando a oitava série”, afirma a Médica.
Conhecendo a determinação da filha única, sua mãe a matriculou em um colégio de sua escolha, localizado em Cuiabá, famoso por investir no preparo de seus alunos do Ensino Médio para o processo seletivo de vestibulares. Durante todo o curso, as duas moraram juntas nessa cidade.
Agora que a Dra. Carolina vive em São Paulo, seus pais costumam visitá-la. “Eu vou bem pouco para Rondonópolis. No Natal de 2023, por exemplo, eu estava de plantão. Algumas renúncias pela Residência são necessárias, mas é um privilégio fazer parte disso e estar me preparando para ser uma Médica melhor”, sorri.