Dia do Fisioterapeuta: você sabe em quais áreas esse profissional pode atuar?
A boa Graduação na área viabiliza aos alunos o acompanhamento da atuação prática do Fisioterapeuta, desde o início do curso

Hoje comemora-se o Dia do Fisioterapeuta. A data de 13 de outubro representa o momento oficial da criação dessa profissão – pela lei nº 13.084/2015 -, com celebração em todo território nacional. Historicamente no Brasil, a Fisioterapia surgiu com o primeiro curso técnico nessa especialidade, em 1929, a partir de vários conhecimentos e práticas originários da Enfermagem, Medicina e Educação Física.
Trata-se do profissional responsável por diagnosticar, tratar e também prevenir problemas relacionados às funções e aos movimentos do corpo. Conheça as diferentes áreas de atuação da Fisioterapia:
- Acupuntura; Aquática; Cardiovascular; Dermato funcional; Esportiva; Gerontologia;
- Neurofuncional; Oncologia; Respiratória; Traumato-ortopédica; Osteopatia; Quiropraxia;
- Fisioterapia em saúde da mulher; em Terapia Intensiva e do Trabalho.
De acordo com cada uma dessas áreas do conhecimento, o Fisioterapeuta pode atuar em domicílio, consultório particular, clínica, hospital, empresa, indústria, clubes esportivos, pesquisa e docência. “Isso representa o grande avanço da profissão no atendimento a diferenciados tipos de pacientes”, analisa a Coordenadora da Graduação em Fisioterapia da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), Karina Timenetsky.
Além da reabilitação, um Fisioterapeuta atualmente dedica-se também à prevenção e promoção da saúde, envolvendo a estrutura musculoesquelética e todos os sistemas do corpo relacionados a todas as especialidades de atuação. Algumas práticas, inclusive, ganharam novos contornos após a pandemia, como por exemplo a telerreabilitação, o que viabilizou o tratamento de pacientes em locais mais distantes dos centros de atendimento.
Na gestão, pesquisa e inovação, a Fisioterapia também possui grandes oportunidades. “A profissão evolui cada vez mais em seus processos de desenvolvimento, englobando estudos e novas tecnologias, como a robótica e Inteligência Artificial. Desta forma, preparar futuros profissionais com conhecimento em gestão, pesquisa e inovação tem grande importância para avanços nas diversas especialidades e pode colaborar com melhores processos terapêuticos voltados a seus pacientes”, afirma Karina.
O Ensino em Fisioterapia
Conforme Karina, as disciplinas que compõem a Graduação em Fisioterapia devem trabalhar com os alunos consistentemente o eixo da gestão, inovação e empreendedorismo, assim como o eixo de humanidades foca nas habilidades socioemocionais. É importante que o aluno não somente vá para o mercado de trabalho com conhecimento para atender seus pacientes, como também tenha condições reais de colaborar nessas outras áreas, quando necessário”, justifica a Coordenadora.
Ela ainda ressalta a importância de a Graduação ter em sua grade disciplinas que inserem as 15 especialidades da Fisioterapia, de maneira teórica e prática. “Outro fator primordial é fazer uma especialização ou residência para aprofundar os conhecimentos na especialidade de seu interesse.”, aconselha.
Alunas encantam-se com a prática
Desde o começo da Graduação em Fisioterapia da FICSAE, os alunos realizam visitas técnicas supervisionadas, para que compreendam a congruência entre o aprendizado teórico e o prático. “Temos o contato com o Hospital e seus pacientes desde o primeiro semestre e somos inseridos em um processo de observação dos atendimentos durante os plantões. Realmente é muito gratificante saber que faço parte de um ensino muito diferenciado”, conta Giulia Alves Salustiano Polloni, 19 anos, quarto semestre.
Ela ressalta em seu curso a interação com os colegas da sala de aula e o aprendizado concreto sobre as diferentes abordagens de cada disciplina. “As metodologias ativas são excelentes para reter o conhecimento por meio da teoria e depois ir a campo para incorporar as ações na prática”.
A pesquisa também tem atraído a jovem. “No Einstein somos muito incentivados a fazer a Iniciação Científica. É um ganho de conhecimento imensurável. Eu gosto muito de saber que estou fazendo parte de uma Graduação voltada a desenvolver o aluno profissionalmente desde o começo com muito apoio e atenção”, reflete Giulia.
A aluna diz que percebeu o seu interesse pela área da saúde aos 10 anos, influenciada pelo seu pediatra. “Ele sempre foi muito cuidadoso, paciente e um excelente profissional. Eu pensava que queria ser como ele”.
Conforme foi crescendo, suas conversas com o Médico foram se direcionando para uma carreira na área. “Prestes a terminar o Ensino Médio, ele me apresentou a FICSAE. Eu pesquisei, visitei o local e decidi que seria o melhor ambiente de ensino para fazer a Graduação em Fisioterapia”, conclui.
Sara Morais Mesquita, 21 anos, faz a mesma Graduação que Giulia. “Aos seis anos eu brincava com as minhas bonecas, sempre imaginado atuar como uma Médica ou alguma outra profissional da saúde”. A aluna foi crescendo, concluiu o Ensino Médio, fez cursinho preparatório e sua mãe a aconselhou a optar pela Graduação em Fisioterapia. “Eu achava que essa área estava ligada somente ao esporte e à reabilitação e não dei atenção”.
Um dia, ela assistiu a um vídeo na internet demonstrando a atuação de uma Fisioterapeuta na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Einstein. Foi assim que descobriu que abriria a Graduação de Fisioterapia na Instituição há quase dois anos. “Procurei saber mais sobre o curso e as áreas de atuação de seus profissionais. Entendi o quanto era importante para os pacientes e decidi participar do processo seletivo da FICSAE e, para a minha felicidade, consegui”, comemora.
Essa resolução cristalizou-se durante o período em que seu avô recebeu um tratamento envolvendo a Fisioterapia nas instalações do Hospital Israelita Albert Einstein. “Pelo menos uma vez por semana eu o acompanhava. Percebi o quanto ele era bem tratado e em um ambiente organizado, amplamente funcional e acolhedor”, relembra Sara.
Agora ela pode constatar pessoalmente todo o processo que envolve o cuidado ao paciente na área de Fisioterapia. “Estou apaixonada pelo curso e muito identificada. Realmente a minha mãe estava certa. Eu estou adorando fazer parte das visitas técnicas e entendendo como é importante estar perto do paciente em toda a sua evolução”.
No dia 24 de setembro, Sara e Giulia, juntamente com os outros alunos de sua turma, participaram – como voluntárias acompanhadas por docentes e profissionais do Ensino Einstein – dos atendimentos básicos para os atletas da competição Iron Man, realizada no campus da Universidade de São Paulo (USP). “Após as provas de corrida, natação e ciclismo, nós fizemos massagem de relaxamento e utilizamos gelo para resfriar partes necessárias do corpo a fim de propiciar a eles bem-estar e menos dor. Utilizamos técnicas que já tínhamos estudado na teoria e na prática”, conta Sara, empolgada.

Para o futuro, as duas alunas planejam suas especializações em Fisioterapia Neonatal e Pediátrica. “Estamos tendo todo o aprendizado teórico e prático não somente voltado à assistência, como também a diversos outros conhecimentos que completam um profissional, de modo a desempenhar funções relacionadas à gestão em saúde”.
Além disso, elas enfatizam as disciplinas e abordagens relacionadas ao desenvolvimento e aprimoramento de suas habilidades socioemocionais. “São aspectos muito importantes tanto para exercer uma comunicação eficiente e acolhedora com pacientes e familiares, quanto com pessoas que passarem pelas nossas vidas pessoais”, finalizam Giulia e Sara.