Fisioterapeuta do Einstein conta como une prática clínica e ensino
No Dia do Fisioterapeuta, conheça a trajetória da profissional Flávia Sales, dedicada ao cuidado de pacientes críticos e à formação de novos profissionais

No Dia do Fisioterapeuta, celebrado em 13 de outubro, histórias como a da Fisioterapeuta Flávia Sales ajudam a mostrar a importância da profissão na vida de pacientes e familiares.
São 22 anos de carreira, dos quais 12 foram construídos dentro do Einstein Hospital Israelita, onde atua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e também na Docência da Graduação em Fisioterapia e em cursos de Pós-graduação do Ensino Einstein.
A inspiração para a escolha da profissão surgiu em um programa de TV voltado à arrecadação de recursos para um reconhecido Centro de Reabilitação em São Paulo, referência nacional no cuidado e na reabilitação de pacientes.
“Ver pela TV esse trabalho de reabilitação me encantou e foi ali que escolhi a profissão”, relembra.
Embora tenha iniciado a formação atraída pela reabilitação neurológica, ao longo da faculdade Flávia se encontrou na assistência ao paciente crítico, especialmente na área cardiorrespiratória.
Essa escolha marcou sua trajetória profissional: “Hoje, a reabilitação em UTI é a menina dos meus olhos”, afirma.
Crescimento no Einstein e paixão pelo ensino
Flávia ingressou no Einstein Hospital Israelita em 2013, após uma década de experiência em terapia intensiva. Desde então, percorreu diversos caminhos dentro da instituição, sempre conciliando assistência e Docência.
“Depois que eu entrei no Einstein, consegui alçar novos degraus. Fiz Pós-graduação em Docência, comecei a supervisionar estágios, fui preceptora e tutora da Residência Multiprofissional em Terapia Intensiva e hoje atuo também como Docente na Graduação e em cursos de Pós-graduação. É muito gratificante participar da formação de novos profissionais”, destaca.
Atualmente, ela ocupa a posição de Fisioterapeuta referência na UTI, uma função de liderança técnica que combina o atendimento direto aos pacientes com a orientação a outros profissionais da equipe.
“Esse modelo é essencial porque garante o vínculo com a assistência. Para mim, estar próximo do paciente é fundamental e isso segue em sintonia com o ensino”, explica.
Histórias que marcam a carreira
Entre os inúmeros casos que Flávia acompanhou, alguns tornaram-se inesquecíveis. Ela cita, por exemplo, um colaborador do próprio Einstein que enfrentou uma cirurgia delicada e um longo período de reabilitação.
Durante o tratamento, a dedicação da equipe foi tamanha, que a filha recém-nascida do paciente recebeu o nome da Fisioterapeuta que o acompanhava.
“Foi emocionante ver a recuperação dele, o reencontro com a família e saber que, de alguma forma, nossa atuação marcou sua vida”, lembra.
Na pandemia da Covid-19, vieram novos desafios. Flávia esteve na linha de frente. “Foi um momento muito difícil, de incertezas, mas também de descobertas. Testamos estratégias de reabilitação que não sabíamos se dariam certo. E funcionaram”, comemora.
“Uma história que me marcou muito foi a de um paciente que esteve muito grave, evoluiu com fraqueza muscular generalizada e hoje participa de maratonas de rua. Isso não tem preço”, define.
Dedicação e compromisso: a receita para o sucesso
Para Flávia, ser Fisioterapeuta exige mais do que técnica: é preciso atuar de forma humanizada e com compromisso. “Nosso foco sempre será o paciente. O objetivo é devolver a ele sua vida em sociedade, sua funcionalidade. Isso exige dedicação ao estudo, ao desenvolvimento profissional e, sobretudo, ao compromisso com a vida”, ressalta.
Conciliando a rotina intensa da UTI com as aulas na Graduação, ela reforça a importância dessa integração. “Na sala de aula, transmitimos aquilo que vivemos na prática. E na prática, aplicamos o que aprendemos no ensino e na pesquisa. As duas áreas se complementam e me trazem satisfação pessoal e profissional”, conclui.