Quais os três principais critérios para uma boa educação básica?
Ampliar as oportunidades de escolha dos estudantes desde a educação básica é preparar novas gerações com dimensões cognitiva, motora e emocional de qualidade
A educação básica – que engloba a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio – é essencial no processo de desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes. Afinal, serão eles no futuro os responsáveis pelo desenvolvimento social e crescimento econômico do país. Sua formação intelectual, emocional e o desenvolvimento do senso crítico fazem parte desta etapa, que é o alicerce para a formação cidadã.
De acordo com o Diretor de Ensino da Escola Técnica do Einstein, Blaidi Sant’Anna, a escolha do local onde a criança ou o adolescente realizará sua educação básica deve considerar três fatores elementares:
- Proposta pedagógica;
- Interesse em formar bons profissionais e pessoas com princípios positivos de vida;
- Qualificação do corpo docente.
A proposta pedagógica bem elaborada colabora para a estruturação de um ambiente de aprendizagem consistente e alinhado com os valores, missão, visão e objetivos da instituição. Ela deve oferecer uma base sólida para o desenvolvimento educacional dos alunos. “Em termos de formação acadêmica, precisa focar na construção de competências e habilidades socioemocionais”, esclarece Blaidi.
A educação básica também desempenha um papel fundamental na formação da pessoa para lidar com os desafios e demandas do mercado de trabalho, com habilidades de comunicação, trabalho em equipe, condutas ambientais e sociais inclusivas e respeitosas. “De igual relevância, essa fase estudantil é responsável pela boa preparação do aluno, de forma que possa seguir para a universidade com robustez de informação e continuar seus estudos em uma Graduação de qualidade”, ressalta o Diretor.
Além da excelência na qualificação acadêmica dos docentes, eles devem prezar pelo desenvolvimento integral – e não somente técnico – dos alunos. “Ter grande parte desses especialistas trabalhando na instituição por no mínimo cinco anos é um indicador positivo”, acrescenta.
Conforme Blaidi, cabe à escola oferecer as melhores condições possíveis de trabalho, valorizar seus colaboradores e prover identificação com o seu projeto pedagógico. “É desejável que a coordenação atue em equipe, desempenhando atividades colaborativas e estimulantes”.
Para mais amplitude de suas realizações, a instituição de ensino pode explorar campos diversos do conhecimento, fomentando em seus alunos o interesse e a curiosidade por diversificados assuntos e disciplinas, com propostas culturais e humanizadas.
Ensino Técnico
Incluindo todos esses atributos, a escola de formação profissional necessita ofertar programas educacionais dirigidos à construção de habilidades técnicas e práticas, de modo a contribuir com a efetiva atuação em campos profissionais específicos. “Os nossos alunos tanto do Ensino Técnico quanto do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Enfermagem ou em Administração em Serviços de Saúde são frequentemente aprovados em boas universidades públicas e privadas”, orgulha-se Blaidi.
Estudantes com cursos técnicos também podem optar pelo ingresso no mercado de trabalho de sua especialidade e ainda continuar seus estudos em nível superior. E outros optam por apenas trabalhar na área de interesse e realizar outros tipos de capacitação. “Seja qual for a opção, as competências geradas pela educação básica necessitam ser a mais robustas. Assim poderemos contar com um país melhor”.
A tecnologia e o ensino
Em tempos de altas tecnologias, esse contexto sem dúvida abarca o ensino-aprendizagem. É fundamental que o aluno saiba utilizar os dispositivos digitais como fontes de informação de qualidade. “Educá-lo e instrumentalizá-lo para o bom uso de equipamentos e soluções que surgem continuamente são formas de contribuir com o seu desenvolvimento pessoal e profissional”.
A tecnologia, na opinião de Blaidi, facilita e amplia as possibilidades de expandir o conhecimento. “Se a escola não oferecer oportunidades de questionamento, assim como propiciar o manejo didaticamente favorável dessas ferramentas, poderá limitar o aluno. Ele precisa construir um senso crítico sobre a utilização desses dispositivos para atuar com mais propriedade desse contexto no mercado de trabalho”.