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Fisioterapia expande sua atuação dentro e fora do ambiente hospitalar

​Com o surgimento do novo coronavírus, o Fisioterapeuta tornou-se um dos profissionais com mais destaque no atendimento e na recuperação de pacientes com COVID-19.

A demanda pelos mais diversos profissionais da saúde imposta pelo novo coronavírus evidenciou no último ano algumas profissões em particular, entre as quais a Fisioterapia, merecedora do devido reconhecimento na linha de frente do combate à COVID-19. A profissão, que já se encontrava em desenvolvimento antes da pandemia, ganhou notoriedade em razão dos cuidados respiratórios avançados, baseados em evidências científicas.

A atuação do Fisioterapeuta vai além de ambientes hospitalares, a exemplo de funções já reconhecidas junto aos quadros de colaboradores de companhias privadas, associações esportivas, centros de saúde e bem-estar, clínicas particulares, home-care e casas de repouso. Eles atuam em áreas como ortopedia, neurologia, medicina esportiva, cardiorrespiratória, oncologia, saúde da mulher, saúde da família e saúde ocupacional.

É fato também que a Fisioterapia já não mais se mantém limitada a situações de baixa complexidade. Ao contrário, passou a ser reconhecida em diferentes cenários envolvendo diversas especialidades clínicas e cirúrgicas, terapia intensiva e serviços de urgência, colaborando sobremaneira em minimizar as complicações decorrentes dos longos períodos de internação e do uso de leitos domiciliares.

Conforme levantamento do site de vagas para emprego Catho, de março a maio de 2020, a procura por fisioterapeutas respiratório e hospitalar teve um crescimento de, respectivamente, 4.480% e 1.555%, comparado ao mesmo período de 2019.

Esse resultado enfatiza a importância desse profissional, que se tornou mais nítida com o surgimento da COVID-19. Nesse cenário, o Fisioterapeuta desempenha um papel primordial tanto na etapa do pronto atendimento quanto na internação e recuperação de pacientes. Ele colabora para prevenir e tratar complicações respiratórias e motoras durante a fase aguda e no pós-alta, focando na melhoria da qualidade de vida, de acordo com a Coordenadora da Graduação em Fisioterapia do Ensino Einstein, Karina Timenetsky.

O atendimento de pessoas na porta de entrada de hospitais faz parte dos enredos da dramaturgia, mas na vida real essas cenas tornaram-se rotineiras para muitos pacientes. Nessas situações, o Fisioterapeuta, por exemplo, é um dos profissionais que dão suporte e auxílio no tratamento respiratório mesmo antes de o paciente ser instalado no ambiente hospitalar.

Conforme definido pela Associação Americana de Fisioterapia (APTA), “um Fisioterapeuta é um especialista da área da saúde treinado e certificado, com experiência no diagnóstico de anormalidades físicas, restauração e manutenção da função e mobilidade físicas, promoção da atividade física e da função adequada”. Já no relatório do início de 2020 do Fórum Econômico Mundial, as terapias física e respiratória estão entre as carreiras mais promissoras no futuro.

Um pouco de história

No Brasil, a utilização dos recursos físicos na assistência à saúde teve início em 1879, na época da industrialização, devido ao grande número de acidentes do trabalho, com o objetivo de alcançar a assistência curativa e reabilitadora.

Na década de 1950, a poliomielite atingia índices alarmantes, trazendo como consequência um alto número de pacientes com sequelas motoras, o que resultou na necessidade do trabalho de reabilitação.

Além disso, o número de pessoas acometidas pelos acidentes de trabalho no Brasil apresentava-se como um dos maiores da América do Sul; logo havia urgência em promover a reintegração do trabalhador ao sistema produtivo do país.

Com essas demandas, surgiu em 1951 o primeiro curso Técnico em Fisioterapia. Cinco anos depois foi inaugurada a primeira formação de Fisioterapeutas, que na época era constituída de dois anos de duração. Com a sua consolidação no mercado, em 1969, a profissão foi regulamentada pelo decreto-lei número 938, de 13 de outubro.

Graduação em Fisioterapia do Ensino Einstein

Com vistas a aumentar a oferta de cursos de qualidade no mercado, a Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE) terá a sua primeira turma na Graduação em Fisioterapia a partir de 2022. A formação ficará ao lado das já existentes Graduações em Medicina e Enfermagem, além das especializações na Pós-graduação, Master Business Administration (MBA) e Stricto Sensu.

O objetivo é formar profissionais capacitados para atuar na área de Fisioterapia como generalistas. Depois disso, a Pós-graduação pode ser uma maneira de ingressar em setores específicos ou seguir carreira acadêmica. “No nosso curso teremos também disciplinas para oferecer ao aluno uma visão de gestão”, adianta Karina.

O Diretor Acadêmico do Ensino da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Dr. Alexandre Holthausen Campos, lembra que o Einstein tem um compromisso com a geração de conhecimento e a capacitação de profissionais, como um mecanismo de contribuição para a sociedade brasileira. “Certamente, o novo curso de Fisioterapia em nosso portfólio dará respaldo à formação de excelência de Fisioterapeutas tão essenciais para tratamento e reabilitação, não apenas de COVID-19, mas de muitas outras condições”.

Currículo inovador

O programa do curso foi desenvolvido com base na Diretriz Curricular Nacional de Fisioterapia e nos conteúdos oferecidos por renomadas faculdades internacionais. Um diferencial é o uso de metodologias ativas para a otimização do aprendizado, como o Team-Based Learning (TBL), atividades no Centro de Simulação Realística e estudo de casos.

Desde o início, os alunos terão experiência prática por meio de atividades em laboratórios e campos de estágio, como a clínica-escola, equipamentos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) gerenciados pelo Einstein e o próprio Hospital. Essa estrutura permitirá agregar valor à formação acadêmica com pesquisa e extensão universitária.

As inscrições para o Vestibular da Graduação em Fisioterapia serão abertas juntamente com aquelas para novas turmas dos cursos de Medicina e Enfermagem, no segundo semestre de 2021. Os candidatos também poderão utilizar a nota do ENEM para o ingresso. Serão 60 vagas por ano.

Um dos diferenciais da nossa formação é investir para que os alunos construam uma visão crítica da literatura científica desde o seu início. “Além disso, vamos estimulá-los a pensar em inovação e inclusão social para que possam criar modos diferentes de melhorar o atendimento ao paciente e aprimorar o cuidado”, especifica a Coordenadora.

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