Aluno do Ensino Médio Técnico do Einstein ingressa na Escola Politécnica da USP
Em seus três primeiros anos de funcionamento, o curso mostra que foi criado para cumprir significativos compromissos de formar pessoas para o mercado de trabalho em saúde e para a vida acadêmica
Em 2021, mais de 110 mil estudantes inscreveram-se no processo seletivo da Universidade de São Paulo (USP) e um dos 11.147 aprovados neste vestibular foi Guilherme Martins Egidio Damy, iniciando os estudos em 2022. O jovem de 18 anos começou o curso de Engenharia Naval, na Escola Politécnica (POLI), assim que concluiu o Ensino Médio Integrado ao Técnico em Saúde do Einstein.
Mas esse não era o seu plano inicial. Como muitos dos alunos que ingressaram no Ensino Médio Técnico do Einstein, em 2019, ele tinha a ideia de cursar Medicina. “Eu entrei no colégio do Einstein já no segundo ano do Ensino Médio. A oportunidade de aprofundamento em outras disciplinas do itinerário de Administração em Saúde, pelo qual optei, despertou em mim uma vocação que eu não conhecia”.
Nova realidade
A escola onde cursou o Ensino Fundamental e o primeiro ano do Ensino Médio está localizada perto de sua casa. “Esse era o meu mundo: andar 20 metros para chegar e a mesma distância para voltar do colégio. Eu precisava deixar minha zona de conforto, tinha a ânsia de ampliar meus horizontes”.
Agora ele está conhecendo colegas, professores, culturas e locais em São Paulo, além de usufruir de sua formação em Administração, que considera fundamental tanto para quem quer trabalhar na área da saúde, quanto em qualquer outro setor. “Eu me senti mais estimulado a crescer, evoluir e adquirir mais repertório desde a primeira semana que comecei a fazer parte da turma do Ensino Médio Técnico do Einstein”.
Com essa experiência, Guilherme descobriu as teorias e práticas que mais lhe davam prazer em estudar e as que se destinavam apenas a ampliar o seu conhecimento, ser bem-sucedido nas provas do curso e ficar bem-preparado para o vestibular. “A grande qualidade do curso foi ter me despertado para a matemática, química e física. Quanto mais aprendia, mais enxergava o caminho que me faria feliz”.
No Ensino Médio Integrado ao Técnico do Einstein, o aluno tem a opção de seguir por dois itinerários nos dois últimos anos do curso: a Enfermagem ou a Administração em Saúde. Nesse segundo, Guilherme também se interessou por matérias englobando empreendedorismo, economia, finanças, contabilidade e direito.
Em busca de seu sonho
O segredo para ter conseguido passar no processo seletivo da POLI, assim que concluiu o Ensino Médio, foi estudar bastante as teorias relacionadas às disciplinas em geral, investir mais nas da área de exatas e praticar inúmeros exercícios. “Para mim, era um grande prazer, então eu não me cansava. Mas reconheço que me esforcei muito mesmo”.
Independentemente da área a seguir, é fundamental ter um comprometimento com o vestibular, paralelamente ao aprendizado em sala de aula. “Por vezes eu deixei de passear para estudar, tentava ler mais textos do que os solicitados, adiantava a matéria do dia seguinte, procurava professores e estudantes da monitoria do Einstein para sanar dúvidas”.
Guilherme afirma que o ambiente do Ensino Einstein é bastante colaborativo. “Existe uma gama muito grande no escopo para conseguirmos ajudar uns aos outros. Também com os meus amigos da classe formávamos grupos de estudo”. Ele, inclusive, estudava junto com muitos dos alunos do colégio antes das provas. “Isso também contribuía para o meu aprendizado”.
Metodologias de Ensino
A sua vontade de aprender cada vez mais, segundo ele, foi endossada pelas metodologias pedagógicas do Ensino Einstein, incluindo o Team Based Learning (TBL), uma metodologia educacional baseada em aprendizagem ativa, muito utilizada em educação em saúde e fundamental no processo de ensino-aprendizagem nas Graduações Einstein”.
O TBL é constituído por etapas de resolução individual e em grupos de questões além de discussões de casos, com vistas a incentivar o aluno a ser o protagonista de seu ensino-aprendizagem. “Eu acho magnífico ser formado como Técnico em Administração e ter conhecimento em muitas outras áreas. Isso está me ajudando bastante a me adaptar à rotina de estudos na POLI”.
Ele conta que muitas das disciplinas com as quais está entrando em contato não se apresentam totalmente novas, como imaginava. O universitário cita os pontos relacionados à gestão de projetos e resolução de problemas. “Sempre que tenho de fazer alguma atividade correspondente a esses assuntos, eu sinto como se eu estivesse ainda no Ensino Médio, no sentido de não serem assuntos desconhecidos”.
Outro aspecto que ele relembra do Ensino Médio é a qualidade dos professores das disciplinas tradicionais e das técnicas. “Foram excelentes, sempre preocupados com o nosso desempenho dentro e fora da aula. No período de escolher a carreira e prestar o vestibular, eles nos deram grande apoio, um acolhimento impagável”.
Guilherme fez a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e, como nutria um grande desejo de ser admitido na USP, apenas participou do processo seletivo dessa universidade diretamente. “Estou experimentando uma fase de estudos sobre Engenharia bem densa e alta expectativa dos professores, no que se refere ao nosso empenho”.
Futuro profissional
No dia a dia da convivência em sociedade, o futuro Engenheiro Naval continua realizando o sonho de conhecer mais regiões de São Paulo, ampliar sua rede de colegas e observar diferentes culturas. “Do bairro onde moro, passei a frequentar a avenida Paulista e agora estou vivendo o Butantã e Pinheiros. Está sendo muito gratificante”.
Além disso, ele já tem pensado em como será sua vida profissional. De acordo com o ex-aluno do Ensino Einstein, o seu papel no futuro como Engenheiro será gerir processos industriais diversos, entre outros, com a finalidade de sugerir soluções para problemas e melhorias das atividades em questão. “Eu também vou querer olhar para o fator social”, destaca.
Para isso, quer entender de que forma a dinâmica da economia afeta as atividades no setor de Engenharia e da saúde financeira da empresa em que estiver trabalhando. “São conhecimentos que eu desenvolvi na escola do Einstein e, no futuro, quero usar tudo isso na minha carreira”.
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