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Com persistência e apoio familiar, estudante conquista bolsa em Medicina no Einstein

Estudante Karen Oliveira supera restrições financeiras e realiza o sonho de cursar Medicina no Einstein, com o propósito de impactar a vida das pessoas

O propósito de contribuir para mudar a vida das pessoas foi a base da persistência de Karen Oliveira, de 28 anos, na batalha por uma vaga em Medicina, mesmo num cenário de muitas adversidades financeiras. Atualmente, ela está no quarto ano da Graduação no Einstein e lembra-se com orgulho de toda sua trajetória.

“As pessoas precisam acreditar que é possível alcançar um sonho. Mesmo quando algo pareça muito distante, é preciso fazer a sua parte e buscar”, reflete. O apoio da família foi fundamental para que ela pudesse realizar seu desejo.

Karen é de Porto Ferreira, interior de São Paulo, e seus pais são de origem modesta. Por diversas vezes, eles enfrentaram incertezas e dificuldades financeiras. Seu pai trabalhou como funcionário de uma cerâmica da região e sua mãe como professora de Língua Portuguesa da rede pública e, posteriormente, seguiram com a venda de bijuterias de porta em porta. Em toda a vida escolar da filha, não mediram esforços para apoiá-la.

Karen recorda que a irmã, Karoline, dez anos mais velha, estudou apenas em escolas públicas, enquanto ela própria estudou em particulares, tendo prestado provas de concursos de bolsas de estudos.

“Minha irmã mudou-se para Ribeirão Preto e veio com a ideia de me apoiar para que eu morasse com ela lá e estudasse num bom colégio no Ensino Médio. Meus pais concordaram e foi isso que aconteceu”, relata.

Durante o Ensino Médio, Karen teve a oportunidade de fazer algumas aulas de Biologia dentro de uma faculdade de Medicina próxima de casa. E, em contato com esses projetos, começou a se interessar pela área. “Ao mesmo tempo, eu via a Medicina como algo muito distante de minha realidade, devido à questão financeira”, recorda.

Então chegou a época dos vestibulares, mas Karen não obteve sucesso. Voltou para Porto Ferreira quando a irmã se mudou para outra cidade e, por dois anos, ficou sem estudar, ajudando os pais em casa.

Após essa pausa e com a ajuda de uma bolsa, entrou num cursinho, onde estudou por três anos. “Eu pensava apenas nas faculdades federais por serem gratuitas e foi no meu terceiro ano que conheci o Ensino Einstein, por meio da minha irmã, que me incentivou a pesquisar e me informou que havia a possibilidade de obter bolsa de estudo”.

Ao ver o site da Instituição, logo percebeu que lá estavam expoentes das especialidades atuando também como professores e preceptores. “Isso fez meus olhos brilharem”, acrescenta.

Atraída pela estrutura e pelos profissionais, Karen mirou no Ensino Einstein e fez a prova teórica. Foi aprovada e passou para uma fase de entrevista. “Eu sabia que seriam chamados cerca de 520 candidatos e fiquei numa posição não muito boa. Depois da entrevista, minha classificação subiu 394 posições e foi aí que recebi um e-mail informando que eu havia conquistado uma bolsa de 75%”.

Karen conta que, para seus pais, o sonho ainda era distante. Mais uma vez, a irmã encorajou a família e apoiou Karen a abraçar aquela oportunidade. “Todos seguem me apoiando, abrindo mão de muitas coisas, pra eu poder morar em São Paulo e continuar na faculdade”.

Naquele mesmo ano, a estudante havia conquistado vagas em faculdades federais. “Nem pensei em trocar o Einstein por outra faculdade. O fato de terem uma entrevista como parte da prova já me chamou atenção, pois um médico precisa ter senso crítico e saber se comunicar”.

Ainda no processo seletivo, a aluna enxergou diferenciais. “E olha que, àquela altura, eu nem sabia ainda as oportunidades que passei a ter ao longo do curso, acompanhando de perto profissionais renomados que eu conhecia de longe”, pontua.

Um ambiente rico em vivências

Karen já perdeu as contas das oportunidades que teve até agora, além dos limites da sala de aula. Para ela, o Einstein é um ambiente rico em pesquisa e perfeito para desenvolver competências, participar de eventos e estar ao lado de Médicos e outros profissionais que são referência.

Este ano, por exemplo, já esteve em eventos extracurriculares, como o Simpósio de Trauma e Emergência, em que atuou como diretora científica. Em 2024, foi da diretoria do Simpósio de Cardiologia e, em 2021 (seu primeiro semestre), integrou a equipe de Marketing do mesmo evento.

“Tenho grande orgulho também por ter feito um projeto, junto com outros colegas, para criar a monitoria voltada à prática em Semiologia (o estudo dos sinais e sintomas das doenças), que foi aprovado e está funcionando até hoje”, comemora.

Karen também faz parte de iniciativas em Iniciação Científica, redação de capítulo de livro a ser publicado e tutorias. “Já acompanhei diversos profissionais de excelência do Einstein que sempre admirei”, define. “Também fui representante de turma por um ano e meio e peguei gosto pela liderança”.

No Centro de Simulação Realística do Ensino Einstein, já atuou na condição de vítima para as atividades do curso de ATLS – Suporte de Vida Avançado ao Trauma.

Atualmente, faz estágio em Unidade Básica de Saúde na comunidade de Paraisópolis. “Em tudo o que faço, recebo feedbacks de pessoas que são grandes exemplos de carreira, que já passaram por onde estou agora e isso é muito importante”, acrescenta.

Além de pensar em ser professora e atuar em gestão no futuro, Karen está em fase de decidir sua especialidade, mostrando certa predisposição à Cirurgia do Trauma e ao Atendimento Pré-hospitalar. Enquanto não define, segue determinada em concluir cada etapa da Graduação com maestria.

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