Do desejo de atuar na Saúde à residência em Enfermagem, ex-aluna Einstein conta a sua trajetória
Ingressante no vestibular do 2º semestre, Fernanda Morales demonstra como aproveitar as oportunidades é um fator decisivo para uma carreira de sucesso
A saúde oferece uma ampla variedade de cursos e oportunidades para aqueles que desejam construir uma carreira. Essas diferentes portas de entrada disponíveis, que podem gerar dúvidas sobre por onde começar e qual caminho escolher, no entanto, levam o aluno ao compromisso em comum entre todos os profissionais que atuam na área: cuidar.
Esse desejo também faz parte da história de Fernanda Morales, 23 anos, que criou uma rotina de pesquisas sobre os ramos da saúde, com o objetivo de entender o dia a dia do trabalho e as perspectivas da área, antes de decidir qual profissão escolher. “Também me preocupava com o serviço que poderia oferecer, o envolvimento emocional que acaba acontecendo e a relação com o mercado de trabalho”, relembra.
Vendo a sua busca, um tio que é Médico lhe perguntou se estava considerando a Enfermagem. “Eu realmente nunca tinha pensado nisso”, diz. Então, ele a convidou para passar um dia no hospital em que trabalhava, acompanhando a rotina de uma Enfermeira de Clínica Médica. Vendo o interesse da sobrinha, na sequência proporcionou a mesma experiência, porém com uma profissional que prestava seus serviços no Centro Cirúrgico.
Ele queria que Fernanda entendesse e tivesse contato com a dinâmica das atividades da Enfermeira, mesmo que de forma superficial. “Foi assim que percebi a minha aptidão. Passei a pesquisar profundamente e enfim decidi prestar vestibular para a Graduação em Enfermagem”, conta.
Fernanda, então, inscreveu-se no processo seletivo do 2º semestre da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), que oferece mais uma oportunidade aos estudantes, e acabou conquistando uma vaga. “Como estava na metade do ano de 2017, fiquei em dúvida se começaria ou se esperaria o final do ano para prestar para uma universidade pública”.
Novamente, seu tio entrou em ação. “Ele me falou sobre o Einstein e as vantagens de estudar em um hospital-escola, no sentido de estar mais respaldada em termos de conhecimentos práticos e teóricos, além da excelência do ensino. Concordei. E hoje tenho um grande amor pela Instituição”, relembra.
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O precoce investimento na carreira
No segundo mês da Graduação, foi aprovada no Programa de Monitoria do Ensino Einstein. “Fiquei muito feliz, porque pude ajudar a minha mãe a pagar os meus estudos, com o desconto que recebia por trabalhar como monitora no setor de Oncologia do Hospital, por quatro horas, de segunda a sexta-feira”, diz.
Com o tempo, Fernanda sentiu que precisava se dedicar mais aos estudos naquele primeiro semestre da Graduação e decidiu sair da Monitoria. Já no começo de 2018, voltou a fazer parte do Programa, porém em outro campo: no gerenciamento administrativo dos cursos de Pós-graduação, ocupando parte de suas funções por dois anos e meio.
No sexto semestre da Graduação, ela deixou a Monitoria para ingressar em um estágio não remunerado na área de pesquisa clínica do departamento de Oftalmologia, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). “Com a pandemia, eu tive de sair de lá e então fui convidada a voltar para o Programa de Monitoria com prazo determinado. Fiquei lá por cerca de três meses, durante o sétimo semestre do curso”, conta.
Na sequência, foi aprovada no processo seletivo para o estágio extracurricular do setor da Unidade de Terapia Semi-Intensiva Adulto do Einstein, onde atuou até completar o oitavo semestre da Graduação em Enfermagem da Instituição.
Paralelamente, conseguiu uma bolsa de estudo pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a qual desenvolveu o seu projeto da Iniciação Científica – iniciado no segundo ano da Graduação. Orientado pela Dra. Andréa Mohallem, o estudo intitulado “Estágio extracurricular assistencial e o impacto na carreira do egresso de enfermagem” lhe rendeu o melhor pôster da 3ª Jornada de Iniciação Científica da FICSAE, em 2021, – tornando-se também seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
A residência na Enfermagem
Fernanda concluiu a Graduação na metade de 2021, quando soube que havia passado no processo de seleção para o seu primeiro emprego: trabalhar no período noturno na Unidade Einstein Guarulhos. “Eu atuei como Enfermeira na categoria Júnior, em que fui responsável pela realização dos testes de COVID-19 entre os passageiros e transeuntes nacionais e estrangeiros, dentro do aeroporto”, explica.
Naquele momento, ela estava concorrendo a uma vaga para Enfermeiros em uma empresa alemã, que prepara os profissionais selecionados e os leva para atuar em cidades do país europeu. “Fui aceita durante o processo e deixei a Unidade Einstein de Guarulhos, no começo de dezembro de 2021, disposta a viver essa experiência”.
Mas como a vida costuma surpreender, ela foi selecionada para assumir a residência da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Enfermagem Neonatal, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Diante disso, Fernanda optou por ficar em São Paulo, capital. “Como Enfermeira recém-formada, senti que seria mais interessante eu me aperfeiçoar como profissional para depois aproveitar outra oportunidade no exterior”.
Desde março de 2022, ela vem se dedicando à residência multiprofissional, utilizando todas as suas experiências acadêmicas e práticas. “Durante a Graduação no Einstein, os professores costumavam enfatizar a relevância desse aprimoramento para a nossa carreira. Essa afirmação, inclusive, ouvi de palestrantes que participavam dos eventos realizados no campus”, relata.
A conclusão da residência está prevista para fevereiro de 2024. “Eu terei o título e a vivência profissional nessa área. Somar essa condição com a minha volta à Instituição – que tem os mesmos valores que eu – seria um sonho”, projeta Fernanda, que espera trabalhar na UTI Neonatal do Einstein.
Ela, que tem como princípio ético sempre atuar com protocolos baseados em evidências científicas, planeja também ingressar em um Mestrado Profissional ou MBA em Gestão do Ensino Einstein. “Ter o paciente no centro do cuidado é um aspecto que me guiará durante toda a minha carreira, assim como tudo o que eu aprendi na Graduação”, afirma.