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Einstein comemora 20 anos de parceria com o Sistema Único de Saúde

​Instituição sempre esteve alinhada com a missão de levar suas experiências em saúde para todo o Brasil.

Neste ano de 2021, o Einstein completa duas décadas de parceria governamental, com atuação direta no sistema público de saúde. O primeiro contrato da Instituição neste âmbito foi firmado com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, em 2001, para a operação de Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

“Ano a ano, o nosso desempenho foi crescendo, mostrando os benefícios da parceria tanto para o sistema público quanto para o Einstein”, conta o Diretor-Superintendente do Instituto Israelita de Responsabilidade Social da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE), o Médico Intensivista e um dos coordenadores do MBA Executivo em Liderança e Gestão Pública do Ensino Einstein, Dr. Guilherme Schettino.

Para ele, a principal finalidade dessa cooperação é proporcionar as melhores experiências em saúde para a sociedade brasileira. “Essa premissa faz parte da missão do Einstein e levamos isso muito a sério, sem fazer distinção entre os usuários do sistema público de saúde e os que têm acesso ao sistema privado”.

Com esse propósito, o atendimento com qualidade, o respeito e a humanização são aplicados nas duas esferas tendo no centro o cuidado ao paciente. “Todos os projetos envolvendo a Secretaria de Saúde de São Paulo e o Ministério da Saúde são tratados de acordo com o padrão de excelência Einstein”.

O Dr. Schettino, que é especialista em operação e gestão de sistemas de saúde ambulatoriais e hospitalares, públicos e privados, explica que nesses 20 anos o Einstein tem trabalhado com foco em gestão por resultado. Entre os conceitos aplicados nos dois setores estão: produtividade, planejamento estratégico, eficácia, risco e segurança, educação médica continuada, medicina baseada em evidências, protocolos assistenciais e informática em saúde, entre outros.

Dessa forma, é possível continuar assegurando uma relação satisfatória para ambos os formatos. O Einstein ganha ao trabalhar para cumprir a sua missão e o sistema público usufrui das vantagens de receber serviços com qualidade mesmo diante de seus recursos limitados. “Criamos protocolos mais enxutos, reduzindo ao máximo o desperdício, buscando a máxima produtividade e atendimento adequado com alto grau de satisfação do usuário”.

Tudo isso é realizado a partir do trabalho de profissionais qualificados, bem treinados, motivados e engajados, os quais se identificam com os valores da Sociedade junto ao sistema público de saúde.

O Dr. Schettino ainda esclarece que os colaboradores que atendem em unidades mantidas pelo governo têm os mesmos objetivos em relação aos que atuam no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). “Em termos de atendimento eu enxergo um único sistema de saúde e não o público e o suplementar”.

Conforme ele, esse espírito colaborativo oportuniza um aprendizado importante aos profissionais e instituições, a reverberar como facilitador da melhor entrega de serviços. “Muito do que foi desenvolvido para o SUS foi trazido ao suplementar e vice-versa”.

Um dos princípios da disciplina de administração do sistema de saúde no país, na opinião do Diretor-Superintendente, também é a necessidade de entendê-lo como um organismo unificado, mesmo considerando as particularidades do público e do privado. “O recurso financeiro para gerir os dois modelos é finito, logo os conceitos de gestão acabam sendo congruentes”.

Saúde na prática

A pandemia ocasionada pelo novo coronavírus superou a rotina de operações do sistema público de saúde. Esse contexto exigiu ainda mais envolvimento do Einstein para auxiliar no atendimento à demanda criada. “Devíamos aumentar a capacidade de atendimento a pacientes com COVID-19 e não somente nos hospitais onde já tínhamos a nossa atuação”.

O Dr. Schettino refere-se ao Hospital de Campanha do Pacaembu construído e administrado pelo Einstein, que também é responsável pela gestão dos Hospitais Municipais Dr. Moysés Deutsch – M’Boi Mirim e Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho – Vila Santa Catarina, entre outras unidades.

Para dar conta dessa empreitada, a única opção devido ao curto período e situação emergencial foi abrir leitos temporários, criando rapidamente a estrutura e iniciando o funcionamento com segurança e eficiência. “No Brasil, ele foi o primeiro Hospital de Campanha a ser inaugurado. Fizemos tudo em duas semanas”.

Com base na confiança mútua solidificada ao longo dos anos entre a Prefeitura e o Einstein, todo o conhecimento desenvolvido no Einstein para o enfrentamento da pandemia – além de protocolos, insumos e principalmente colaboradores experientes cedidos por todas as áreas – foi transferido para melhor lidar com o contexto de crise. “Nós também contratamos muitos profissionais em tempo recorde”.

Outro exemplo da atuação do Einstein na pandemia diz respeito ao Hospital M’Boi – como é chamado carinhosamente por profissionais da Sociedade. O ambiente, que se caracterizava pelo atendimento de maternidade, cirurgia de baixa complexidade e de urgência e emergência em seu grande pronto-socorro, passou a abrigar somente pacientes com COVID-19.

Isso aconteceu a partir de uma articulação entre representantes da prefeitura e o Einstein, onde decidiu-se transformá-lo em um hospital de referência para o atendimento nessa especialidade. Quando a proposta foi aceita, os outros pacientes foram desviados para outras instituições da rede pública. O foco era tornar o M’Boi altamente especializado de forma a absorver toda a expertise do Einstein já adquirida desde quando atendeu o primeiro caso registrado no Brasil.

Como parte dos objetivos atingidos, houve um incremento no setor da Enfermaria e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Entre março e abril do ano passado, passamos de 20 para 250 leitos de UTI adulto muito rapidamente. Foi fundamental para a cidade de São Paulo conseguir atender a demanda de pacientes com COVID-19”.

Mais um ganho expressivo foi ter levado a experiência do M’Boi a hospitais públicos do país. “Além de ter sido muito importante para o entorno, foi possível mostrar como um ambiente hospitalar poderia ser aceleradamente transformado para atender apenas casos de COVID-19”.

Na internet, o Einstein também disponibilizou os protocolos, processos, pesquisas, cursos e outras informações. “Muito gratificante ver as nossas experiências sendo replicadas pelo Brasil”.

Competências na gestão hospitalar

De acordo com o Diretor-Superintendente, muitos conceitos de gestão são congruentes aos sistemas de saúde público e suplementar. O mais relevante é ser competente do ponto de vista técnico para gerir recursos, pessoas, elaborar projetos, executar e acompanhar todos os planejamentos com qualidade e maior produtividade possível, combatendo ineficiências e desperdícios.

Porém, há características próprias do relacionamento com o poder público como o conhecimento de regras e regulamentações peculiares do sistema de saúde, que é regido pelas normas de contratação conforme cada serviço e fornecedor, além do processo de licitação, tomada de preço e outros fatores.

Esse conhecimento é relevante também aos gestores que trabalham na saúde suplementar, onde também é essencial o rigor nas prestações de contas e em relação ao uso do recurso público.

Todos esses temas, além da negociação e acompanhamento de políticas públicas, entre outros fatores, são discutidos no  MBA Executivo em Liderança e Gestão Pública. “São assuntos relevantes tanto para o gestor ligado à área suplementar quanto para quem atua no setor público. Em muitos países já podemos verificar uma integração entre os dois sistemas”. Outros cursos que abordam esse tema são a Pós-graduação a distância em Gestão Pública em Saúde e a Pós-graduação presencial em Gestão Pública em Saúde​, lançadas recentemente pelo Ensino Einstein. Ambos oferecem excelente formação para quem deseja ampliar seus conhecimentos nessas áreas.

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