Ciência e Vida

Fisioterapia: carreira tem variados segmentos dedicados à saúde do paciente

Em 13 de outubro comemora-se o Dia do Fisioterapeuta, área da saúde que continua em expansão

A área da Fisioterapia oferece o cuidado direto ao paciente. Escolher atuar como Fisioterapeuta é um propósito de vida que demanda, no mínimo, uma inclinação em fazer o melhor para o próximo. Essas e outras características da profissão podem ser comemoradas hoje, 13 de outubro, Dia do Fisioterapeuta.

As qualidades dessa especialidade, que sempre foram valorizadas, tornaram-se ainda mais evidentes com a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus. O seu desempenho na equipe multiprofissional durante o auge do tratamento de pacientes com COVID-19, e até agora com muitos deles em recuperação, apontou para diversas atividades como o suporte respiratório e de oxigênio nos períodos de intubação e extubação e a reabilitação das funções musculares e articulares. 

Para quem tem vasta experiência no ramo como a Gerente de Ensino Superior de Fisioterapia do Einstein, a Fisioterapeuta Karina Timenetsky, a profissão conta com amplo campo de performance no mercado. “O profissional pode atuar desenvolvendo diferenciadas funções nos segmentos esportivo, assistencial, administrativo, industrial, tecnológico, comercial, domiciliar, laboratorial, acadêmico e científico”, especifica ela.

Todas essas áreas de negócios podem atuar com foco na reabilitação e maior autonomia, impactando significativamente o processo de promoção da saúde de pessoas com diferentes perfis, incluindo as mais longevas, de acordo com cada necessidade.

Essa gama de oportunidades direciona o Fisioterapeuta para uma carreira sólida e rica em conhecimento, conforme cada escolha e aptidão. “Sem dúvida é uma escolha que permite muita expansão e realização tanto pessoal quanto profissional”, atesta o Fisioterapeuta Referência do Departamento de Pacientes Graves do Einstein, Eduardo Colucci.

Gestão e inovação

Esse panorama mostra o quanto o Fisioterapeuta pode inovar e empreender nas especialidades que a formação oferece, conforme o Conselho Federal de Fisioterapia (COFITO) ao descrever 15 especialidades em que esse profissional pode atuar.

De acordo com Karina, entre os grandes diferenciais da atualidade estão: a gestão e a tecnologia. “É fundamental entender como gerir a própria atuação no mercado de trabalho, conhecendo as especificidades administrativas seja na hora de desenvolver competências no papel de colaborador de uma empresa, seja como autônomo”.

Já em relação à tecnologia, o sistema de gamificação permite descrever exercícios a serem feitos pelo paciente, que pode praticá-los ao mesmo tempo em que se diverte. “Pode ser aplicado em várias partes do corpo, de acordo com a necessidade. O usuário ao jogar pode realizar diversos movimentos musculares, treino de equilíbrio etc.”, explica a Gerente.

É primordial exercer a profissão tendo em mente a prática baseada em evidência, com vistas a estar alinhado à literatura científica e suas atualizações. “Precisamos saber o que de fato trará resultado positivo no desfecho do tratamento. É o que chamamos de saúde baseada em valor”, diz Karina.

Toda a bagagem que o Fisioterapeuta construir durante o exercício de sua profissão é agregada à sua carreira. A área assistencial, por exemplo, permite que o Fisioterapeuta pense em inovação a partir da realidade encontrada nesse setor. “Essa experiência pode dar a ele mais conhecimento, mas não é uma passagem obrigatória”, informa Karina.

Quanto mais especialização e prática, maior a visão sobre os desafios da área e a tendência em propor soluções, inclusive para quem quer se dedicar à educação. “O aluno sempre gosta de ouvir situações do dia a dia pelas quais o docente da área tenha passado, a fim de criar uma interação e aproximação com determinados temas”, completa Eduardo.

Desde a formação

O profissional formado em Fisioterapia tem um conhecimento generalista e pode trabalhar na área desde que tenha o seu registro no CREFITO. Ele também pode se dedicar à área acadêmica como docente ou pesquisador e ainda optar pela residência ou uma especialização.

O caminho a ser escolhido pode ter influência da personalidade do aluno, experiências, desejos profissionais ou pessoais e até mesmo propósito de vida. Eduardo sempre teve uma inclinação a gostar de exercícios físicos. A vivência com uma pessoa de sua família foi um dos fatores decisivos na escolha pela formação em Fisioterapia. “Eu perdi um familiar por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e câncer de pulmão. Ele passou por reabilitação pulmonar até que fez a cirurgia para o câncer, quando teve uma melhora física”.

Hoje ao ajudar as pessoas, ele pensa muito em levar qualidade de vida, colaborando com o bem-estar de seus pacientes. “O que me motiva é a possibilidade de ajudar os pacientes, seja por meio da Fisioterapia que utilizo no desenvolvimento de pessoas, seja por meio do ensino. Levantar todos os dias para fazer algo que ajude alguém é um combustível valioso”.

Assim como ele, muitos outros Fisioterapeutas do Einstein colecionam motivos pelos quais escolheram a profissão. Leia alguns deles:

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