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Graduação em Enfermagem do Einstein comemora 35 anos

A Graduação em Enfermagem do Einstein vem investindo em qualidade e boa formação há 35 anos com o intuito de colaborar ainda mais com o sistema de saúde brasileiro

A Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (FEHIAE) deu início às suas atividades em 1º de março de 1989. Em 2013, com o desenvolvimento da instituição de ensino e expansão dos cursos, foi renomeada Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

Unidade Morato: o espaço que teve início com a Graduação em Enfermagem, comporta agora outros cursos, como Graduação em Medicina, Graduação em Fisioterapia, Graduação em Nutrição, Pós-graduação e Atualização.

Enfermagem, portanto, foi o primeiro curso da FICSAE, que neste mês comemora seus 35 anos, numa jornada de crescimento. Os frutos dessa trilha de aprendizado culminaram na incorporação de outras Graduações, dando espaço à criação do Ensino Einstein, que engloba as Pós-graduações lato e stricto sensu, além dos Programas de Residência Médica e multiprofissional.

Experiência no sistema público de saúde inglês

Nessas mais de três décadas, em torno de 1.600 alunos concluíram a Graduação em Enfermagem da FICSAE, acumulando experiências e realizando projetos de carreira e de vida.

Daiana Ferro iniciou o curso em 2012, concluindo em novembro de 2016. “Na época, eu pesquisei muito sobre todas as possíveis áreas da saúde e estabelecimentos de ensino em que eu poderia estudar”.

O que mais atraiu seu interesse foi a pluralidade de atuação da Enfermagem, a grade curricular e os conteúdos teóricos e práticos da Instituição. “A oportunidade de ter iniciado o primeiro semestre já como monitora na área de Epidemiologia e finalizado o curso com um estágio extracurricular na Unidade de Terapia Intensiva do Einstein reflete até hoje na minha vida de forma positiva”, diz Daiana.

Ao finalizar a Graduação em Enfermagem, mudou-se para a Inglaterra, onde realizou uma série de cursos com o intuito de ingressar no National Health Service (NHS), o sistema de saúde público inglês.

A oportunidade veio três anos depois, com o surgimento da pandemia do novo coronavírus. “Passei no processo de seleção e, como já tinha experiência na UTI do Einstein, fui trabalhar na UTI de COVID-19 de um hospital no Norte do país, onde fiquei por dois anos”.

A sua intenção era realizar pesquisa clínica em laboratório de análise patológica. Então, ela passou a atuar como Enfermeira Pesquisadora em um hospital de referência universitária, em Southampton, no Sul da Inglaterra.

O passo seguinte foi concluir um curso em Pesquisa Clínica pela Universidade Johns Hopkins, para então atuar em uma empresa de biotecnologia, em New Milton, onde trabalha hoje. Daiana é responsável por conduzir, treinar pessoas e colher dados de 12 hospitais universitários da Inglaterra.

O objetivo é implementar protocolos envolvendo anticorpos monoclonais de diferentes tratamentos de cânceres de mama, de esôfago e gastrointestinal. “A vivência que acumulei na monitoria da Graduação em Enfermagem, no atendimento a pessoas com COVID-19 e nas pesquisas sobre o vírus foi crucial para seguir a carreira que sempre planejei”, comemora.

Da Graduação ao Mestrado em Obstetrícia

Maria Laura Romagnolli iniciou a Graduação em Enfermagem na Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein em 2016, finalizando a formação em 2019.

Ela foi bolsista no primeiro ano e, já no segundo, começou a Iniciação Científica e a monitoria em Imagem e em Relacionamento Médico. “Essas investidas foram primordiais para eu conhecer as várias áreas da Enfermagem em que eu poderia atuar no futuro”, conta Maria Laura.

“Essas possibilidades, o vínculo com o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e hospitais públicos parceiros, com foco em alta complexidade, além das aplicações das metodologias ativas de ensino – como o Team-Based Learning (TBL) – introduzem o aluno precocemente ao ambiente de saúde tanto com atividades curriculares, quanto extracurriculares”, afirma a Coordenadora da Graduação em Enfermagem da FICSAE, Andrea Gomes Mohallem.

Depois do “boom” da pandemia, ela prestou serviços para a UTI adulto do Hospital Municipal Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de Cassia Marques de Carvalho, por cerca de três meses. Então trabalhou nas áreas de Imagem, Oncologia, Obstetrícia e Clínica Médica Cirúrgica desse estabelecimento.

De acordo com Maria Laura, todo esse trajeto – incluindo a Graduação e a Pós-graduação em Enfermagem Obstétrica e Ginecológica que cursou no Einstein – foi e continua sendo o grande suporte de conhecimento prático e teórico que sustenta sua profissão até os dias atuais.

“Hoje sou Enfermeira Obstetra autônoma em equipes particulares e minha felicidade ficará completa com a minha volta ao Ensino Einstein para realizar um Mestrado nessa área. O meu próximo passo é somar a docência à minha carreira”, planeja.

Carreira traçada como gestor de áreas assistenciais

Outra experiência na Graduação em Enfermagem do Einstein, de 2004 a 2007, é a do Gerente de Operações do Centro de Oncologia e Hematologia do HIAE, Daniel Espírito Santo. Contratado em 2008 como Enfermeiro Júnior, ele fez carreira na Instituição.

Como aluno, Daniel também fez parte do Programa de Monitoria da FICSAE, atuando do segundo ao quarto ano em serviços administrativos na antiga Divisão de Práticas Assistenciais. No último semestre, ele fez o estágio extracurricular na Unidade de Transplante de Órgãos Sólidos do Hospital.

“Logo cedo eu pude criar uma rede de relacionamento com vários profissionais da Instituição e aprender sobre diversas atividades dentro das áreas em que atuei”, ressalta Daniel.

Ele traçou um plano de carreira no HIAE e de Enfermeiro Júnior, seguiu para as categorias Pleno e Sênior. Em 2012, assumiu o primeiro desafio em gestão como Coordenador de diferentes setores assistenciais, estendendo-se até 2019. “Todo o meu amadurecimento como liderança aconteceu na Instituição”, orgulha-se.

Disposto a se desenvolver mais rapidamente como profissional, aplicou-se para uma vaga de Gerente de Unidades Ambulatoriais e Hospitalares em Oncologia em outra organização de saúde.

Por cinco anos, Daniel participou de toda a estruturação dos processos de qualidade e segurança. “Os conceitos muitos sólidos que aprendi no Einstein impulsionaram o meu destaque como profissional nessa outra empresa. No ano passado, participei de um processo seletivo e voltei para o Einstein com o cargo atual de Gerente”.

Para alcançar suas metas de carreira, Daniel fez uma Pós-graduação em Neurologia do Adulto; um Master in Business Administration Executivo em Gestão de Saúde no Ensino Einstein; um curso Plano de Desenvolvimento Executivo; uma especialização em Experiência do Paciente e Cuidado Centrado na Pessoa, além do Plano de Desenvolvimento de Líderes em outras duas instituições de ensino.

Empregabilidade em Enfermagem

“As experiências práticas desde a Graduação favorecem a alta taxa de empregabilidade dos nossos recém-formados. Aproximadamente 80% são contratados no próprio Einstein”, conta Andrea.

O currículo da Graduação em Enfermagem possibilita a formulação de um saber crítico-reflexivo e maior apropriação da realidade da atuação do Enfermeiro no sistema de saúde. “Tais competências contribuem significativamente para o sistema de saúde e para a sociedade”, enfatiza a também Coordenadora da Graduação em Enfermagem da FICSAE, Mariana Lucas da Rocha Cunha.

Iniciativas que fomentam a qualidade na formação do Enfermeiro

Com relação à grade curricular, as Coordenadoras ressaltam a importância de estar alinhado às tendências internacionais de aprendizado. “Exemplo disso é o pioneirismo da Instituição em implementar a Residência de Enfermagem em 1994, quando no Brasil existia apenas a Residência Médica”.

No Einstein, desde 2020 foi instituída a avaliação formativa e por competência, considerando o desenvolvimento de habilidades socioemocionais do aluno, condizentes com o mercado.

Além disso, conforme Andrea e Mariana, uma boa Graduação em Enfermagem deve incentivar seus docentes a participarem de eventos científicos, nacionais e internacionais. “Precisa haver uma preocupação em desenvolver e atualizar as práticas nos campos pedagógico e profissional”.

É igualmente importante inserir os alunos na área de pesquisa e inovação e ampliar as oportunidades de internacionalização durante o curso. “É imprescindível fomentar o pensamento crítico e colaborativo dos estudantes, por meio de estratégias de ensino que intensifiquem a interdisciplinaridade”, finalizam as Coordenadoras.

Maria Laura, Daniel Espírito Santo e Daiana Ferro, formados pelo curso em períodos diferentes

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