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Iniciação Científica desperta protagonismo e amplia horizontes dos alunos do Ensino Einstein

Estudantes da Graduação encontram oportunidades para mergulhar na Pesquisa Científica e desenvolver habilidades que preparam para a prática profissional e acadêmica

A Iniciação Científica é uma das experiências mais transformadoras da vida acadêmica. Desperta a curiosidade, estimula o pensamento crítico e insere o estudante no universo da Pesquisa, representando um passo importante para quem deseja compreender sobre a ciência na prática.

Nos cursos de Graduação do Ensino Einstein, os alunos têm acesso a diversas oportunidades de Iniciação Científica, com a proposta de aproximá-los da pesquisa aplicada e oferecer caminhos para que participem ativamente da construção do conhecimento.

“A Iniciação Científica é o primeiro contato do aluno com a pesquisa. É quando ele entende, de fato, como se faz ciência”, explica a Docente nos cursos de Medicina e Engenharia Biomédica, Juliana Magdalon, que atua na coordenação do Programa de Iniciação Científica.

“Mais do que ler sobre descobertas, o estudante aprende a produzir evidências e refletir sobre resultados”, complementa.

Aprendizado que vai além da sala de aula

Segundo a Docente, a Iniciação Científica dentro da Graduação é uma modalidade de pesquisa orientada, em que o estudante desenvolve um projeto sob supervisão de um Pesquisador com experiência.

O processo envolve todas as etapas da investigação: definição de um problema, elaboração de hipóteses, coleta e análise de dados e, ao final, a produção de um relatório com os resultados obtidos.

“O maior ganho é o aprendizado prático. Eles vivenciam as dificuldades e as alegrias de fazer Pesquisa Científica”, destaca Juliana. Essa vivência, segundo ela, ainda ajuda o aluno a descobrir se tem vocação para a área e se deseja seguir uma carreira acadêmica.

A Iniciação Científica não é uma atividade obrigatória e desperta grande interesse entre os estudantes. De acordo com a Docente, muitos buscam essa experiência pela oportunidade de aprimorar o currículo e fortalecer sua trajetória.

Bióloga, Juliana Magdalon sempre se interessou pela vida acadêmica e pela Pesquisa Científica. Durante sua graduação, dedicou três anos à Iniciação Científica, incluindo um período de seis meses na Irlanda, o que consolidou sua paixão pela área.

Após o Doutorado, continuou sua trajetória na pesquisa e, em 2016, ingressou no Einstein como Pós-doutoranda, passando posteriormente para a Docência, aliando ensino, pesquisa e coordenação do Programa de Iniciação Científica.

Como participar

Os alunos podem ingressar no Programa de duas formas: buscando ativamente um orientador na área de interesse ou se candidatando às vagas divulgadas pelo Ensino Einstein. Professores com Doutorado e vínculo institucional podem abrir projetos e selecionar estudantes para participar.

“O aluno pode se envolver em qualquer momento da Graduação, desde que já tenha cursado disciplinas introdutórias de Método Científico. É preciso finalizar o projeto até a conclusão do curso de Graduação”, explica Juliana.

Os projetos variam conforme a área de estudo e o perfil do orientador. Alguns exigem dedicação contínua, outros são mais curtos e pontuais. Há Pesquisas Clínicas, laboratoriais, revisões bibliográficas e até coletas em campo, em parceria com ações de extensão do Einstein.

Em alguns casos, o projeto desenvolvido na Iniciação Científica pode ser aproveitado como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), permitindo ao aluno dar continuidade à pesquisa e consolidar os resultados obtidos.

Bolsas e oportunidades diversas

Além da experiência acadêmica, a Iniciação Científica pode vir acompanhada de apoio financeiro. Atualmente, há diferentes modalidades de bolsas para os alunos Einstein. Uma delas é a institucional. Outra possibilidade é a bolsa PIBIC, financiada pelo CNPq.

“A maioria dos alunos realiza o projeto sem bolsa, mas existem oportunidades. Hoje temos cerca de 40 bolsas financiadas pelo próprio Einstein e 13 bolsas PIBIC”, detalha a Docente.

Os editais são abertos uma ou duas vezes por ano, e a seleção considera a qualidade dos projetos apresentados.

Os estudantes também podem concorrer a bolsas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e, neste caso, os projetos são submetidos diretamente à instituição, mas com um acompanhamento do Núcleo de Pesquisa do Einstein. Atualmente, há 14 alunos com bolsas FAPESP.

Aprender fazendo ciência

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Além de publicações e apresentações em congressos externos, o Ensino Einstein promove, a cada dois anos, a Jornada de Iniciação Científica, evento que reúne alunos, Docentes e Pesquisadores. É um espaço para apresentação de pôsteres, comunicações orais e troca de experiências sobre os resultados alcançados.

“Trata-se de uma oportunidade de mostrar o que foi produzido, trocar conhecimento e celebrar a ciência feita pelos alunos”, conta Juliana.

Para a Docente, a Iniciação Científica é um passo essencial na formação de profissionais mais críticos, criativos e comprometidos com o avanço do conhecimento.

“A pesquisa ensina o aluno a pensar, questionar e buscar soluções. É assim que se constrói a ciência e é esse olhar que queremos despertar dentro do Ensino Einstein”.

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