Estudante paraense realiza o objetivo de se formar Enfermeira no Einstein

Em 2012, Denise Brito Nagata entrou no mercado como aprendiz de um hospital privado em Belém (PA), sua cidade Natal. Em pouco tempo, passou a trabalhar como atendente e depois de 12 meses foi promovida a gerente da recepção da clínica de Endoscopia, onde exerceu suas funções por quatro anos. “Passei a me identificar com a rotina dos profissionais desde o começo e ainda como recepcionista optei por cursar o Técnico em Enfermagem”.

O trabalho ajudou Denise a aprofundar seus conhecimentos em administração e contas médicas, porém ela almejava mais. Com o tempo, decidiu ingressar em uma Graduação em Enfermagem de sua região. “Paralelamente aos meus estudos, eu comecei a me interessar por fazer cursos rápidos, disponibilizados gratuitamente pelo Ensino Einstein no formato online”.

A didática, os professores e as metodologias de ensino não somente cativaram a estudante como promoveram a sua mudança para São Paulo. “Movida pela curiosidade, eu passei a pesquisar as condições de bolsa de estudo pensando, mesmo sem perspectivas reais, em uma possível transferência para a Graduação em Enfermagem do Einstein”.

No começo parecia apenas uma ambição infundada, mas Ernesto, o seu namorado, percebia a sua empolgação e brilho no olhar ao falar dos cursos rápidos que fazia, além da motivação que demonstrava ao imaginar a possibilidade de fazer parte das salas de aula do Einstein.

E o sonho tornou-se realidade. “Ele incentivou minha inscrição no processo de transferência e o meu conhecimento das instalações. Eu vim e foi paixão à primeira vista, principalmente pela tecnologia avançada do Hospital, com excelentes laboratórios e o Centro de Simulação Realística, por exemplo”.

Plantando sementes e regando o solo

Quando chegou à Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), Denise teve a oportunidade de conhecer alguns docentes e Coordenadores de Ensino, além de participar da entrevista como parte do processo de transferência. Foi aprovada, pois já possuía pontuação satisfatória recentemente conquistada no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), e na segunda-feira seguinte iniciavam-se as aulas.

Feliz, Denise telefonou para o seu namorado, que fez a pergunta decisiva sobre morar em São Paulo e fazer o curso. “Respondi prontamente um sim”! Diante de sua determinação, ele deu todo o apoio de que ela precisava e rapidamente eles conseguiram um local para permanecer provisoriamente na cidade de Guarulhos. “Com o tempo, encontrei um lugar mais perto do Einstein para morar e fui criando raízes”.

Denise é daquelas pessoas alegres e confiantes, que sabem o que querem e não medem esforços para realizar seus sonhos. A sua vontade de aprender e crescer era tanta, que criou um ambiente favorável para lidar com o choque de cultura entre Belém e São Paulo e driblar a grande saudade da família, de Ernesto e de amigos, além de voltar para o segundo semestre da Graduação. “Eu fiz ainda adaptação de duas disciplinas, mas o importante era estar no Einstein. No último semestre a nossa turma foi transferida para o novo Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein – Campus Cecília e Abram Szajman”, comemora.

A bolsa de estudo veio com o Programa de Monitoria, do qual passou a fazer parte depois de ter sido aprovada no processo seletivo desse benefício estudantil, após dois meses matriculada como aluna da Graduação.

No terceiro ano, na metade de 2021, foi aberta a seleção para o estágio extracurricular remunerado, quando mais uma semente foi plantada pela então estudante. “Eu felizmente conquistei uma vaga, tive um salário e ainda mantive os dois últimos anos custeados pela bolsa de estudo. Não poderia ser melhor”.

Antes de finalizar o estágio, ela foi convidada por sua gestora para assumir o cargo de Enfermeira na área de Clínica no mês de abril, porém a Graduação não estava finalizada e não foi possível a antecipação da formatura. A Coordenação, sabendo de sua capacidade de florir em solo fértil, esperou o término para contratá-la em agosto. Já como Enfermeiro Pleno ela iniciou suas atividades na unidade em reabilitação e longa permanência dessa especialidade, uma vez que a colação de grau aconteceu em 29 de junho.

Em toda a sua trajetória, Denise, 28 anos, enfrentou as dores relacionadas à distância de pessoas amadas que deixou no Norte do país. “O acolhimento dos colegas da Graduação, dos professores e de todos os profissionais das unidades de trabalho por onde passei me deram força, impulsionando o meu ânimo para me adaptar à nova realidade. Eles são agora pessoas muito importantes na minha vida, uma nova família aqui no Einstein”, compartilha.