Einstein é pioneiro no engajamento do Enfermeiro para além da assistência
Área da Enfermagem é vista como promissora, sem limites para a ressignificação profissional.
A pandemia, como um registro histórico, trouxe em todo o mundo mais reconhecimento e empoderamento aos Enfermeiros, principalmente aos que atuaram na linha de frente da COVID-19. Planejado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o Ano Internacional da Enfermeira e da Obstetriz, 2020 ficará marcado para sempre nesta carreira, com a gestão do enfrentamento dessa doença sem precedentes para a humanidade.
Na esteira desse título histórico, os profissionais do setor ganharam a merecida visibilidade, a devida admiração e um grande respeito, fortalecendo suas atuações como importantes protagonistas da saúde. Foi justamente esse o propósito da OMS com a designação – anterior à pandemia – de o ano de 2020 ter sido destinado a valorizar o trabalho de enfermeiras, enfermeiros e parteiras, em referência à comemoração global do aniversário de 200 anos do nascimento da enfermeira britânica Florence Nightingale, precursora da Enfermagem moderna.
Surpreendidos pela rápida disseminação do novo coronavírus, esses profissionais passaram a exercer diferentes e importantes papeis na linha de frente “da maior batalha do setor de saúde do século”, orgulha-se a enfermeira e Diretora de Operações da Unidade Hospitalar Morumbi e de Enfermagem da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Claudia Regina Laselva.
Esse corajoso movimento ganhou a mídia, enaltecendo o desempenho de todos aqueles que, despojados do medo, atuaram bravamente neste combate. Quem não se lembra dos momentos de aplausos de pessoas em quarentena, que das janelas de suas casas e apartamentos homenageavam esses heróis de todos os países?
Passados tantos meses de pandemia, o confronto continua e a Enfermagem mantém-se firme em sua jornada, cumprindo a vocação primordial voltada à saúde. Esse desempenho é marcado, conforme lembra Claudia Laselva, pelas mais diversas ações e funções, como o controle de infecções, os incansáveis treinamentos, o planejamento e a montagem de hospitais de campanha e a liderança das inúmeras iniciativas de adaptação dos espaços e fluxos de profissionais e pessoas com COVID-19 nas instituições de saúde.
Somado a isso, o Enfermeiro vem ampliando a sua presença em outras posições igualmente importantes. “Além de seu destaque como liderança em hospitais e em serviços públicos, os enfermeiros cada vez mais atuam no Ensino, na Pesquisa, em Auditoria, em Qualidade e Segurança, na Gestão de áreas de apoio e até no departamento Comercial”.
Trata-se de uma ressignificação profissional dos Enfermeiros ligada a dois dos três importantes pilares da sustentabilidade: o social e o econômico. Para a Diretora, é muito importante compreender essas dimensões da Enfermagem, percebendo o quanto a área é fundamental para manter de maneira sustentável o sistema de saúde.
Além disso, Enfermeiros também estão aptos a ocupar importantes cargos de liderança em cenários que envolvam tomadas de decisões voltadas à melhoria da saúde da população, marcando presença em áreas governamentais como o Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde.
Pioneirismo além da assistência
O engajamento para além da assistência marca o pioneirismo do Einstein, como o primeiro hospital da América Latina a abrir espaço para que Enfermeiros pudessem contribuir com diferentes funções e atividades que permeiam a gestão do negócio em saúde.
Esse é um dos resultados da estratégia de gestão adotada pelo Hospital desde 2013, o Triple Aim, visando a personalização dos serviços, a redução de desperdícios e o investimento em saúde populacional. “Ou seja, queremos oferecer qualidade, segurança e a melhor experiência para o paciente em um cenário sustentável e com custos controlados”.
Essa evolução na carreira de Enfermeiro aponta para caminhos de inovação e empreendedorismo, com a promessa de uma trajetória promissora. Entretanto, estima-se um déficit de 6 milhões de profissionais pelo mundo até 2030, conforme Claudia Laselva. “É importante combatermos esse número, investindo na capacitação de jovens Enfermeiros, que possam atuar como líderes em saúde“.
Pensando nisso, a Diretora aposta em uma Enfermagem futura mais qualificada do ponto de vista técnico-científico, focando em práticas avançadas na atenção primária, que devem ser abordadas no Mestrado Profissional em Enfermagem. “Nós vislumbramos que os Enfermeiros terão atribuições diferenciadas, como consulta de Enfermagem, prescrição por protocolos de certos exames e medicamentos, contribuindo ainda mais para a saúde da população, com o devido respeito aos espaços de todos os profissionais”.
Esse novo horizonte apresenta, segundo ela, um valor enorme para o Brasil, considerando sua grande extensão, com regiões distantes umas das outras e baixo número de profissionais de Enfermagem qualificados. “Investir na Enfermagem é investir na Saúde da População”.
No Einstein, os quase 32 anos da Graduação em Enfermagem, as políticas de retenção desses formandos e sua participação em programas que valorizam a carreira buscam engrandecer continuamente essa área. São inciativas que também geram mais capacitação, satisfação no trabalho e representatividade social, cumprindo mais que uma vocação, um propósito de vida.