Núcleo de Inteligência Einstein gera informação científica clara e confiável sobre a COVID-19

O empenho de pesquisadores do mundo inteiro em descobrir todas as facetas do novo coronavírus tem gerado uma grande quantidade de artigos científicos publicados. Para otimizar o acesso a todas essas informações, o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) desenvolveu, em março deste ano, o Núcleo de Inteligência Einstein (NIE).

O Núcleo é formado por mais de 50 estudiosos capacitados pelo Einstein e ligados diretamente à Instituição. Eles são pesquisadores seniores, docentes do Programa de Pós-Graduação Acadêmica, multiprofissionais, médicos do corpo clínico e profissionais do Núcleo de Apoio ao Pesquisador (NAP). Além deles, alunos de iniciação científica da Graduação em Medicina, do Mestrado e Doutorado também fazem parte desse grupo.

De modo integrado, todos executam a força-tarefa de selecionar os trabalhos com base na qualidade e robustez dos estudos, analisar profundamente os artigos e realizar um breve e consistente resumo. Eles também interpretam os achados, comentam a aplicabilidade prática da pesquisa e ressaltam suas principais limitações metodológicas, caso houver.

Toda essa criticidade possui os olhares atentos do Diretor Superintendente de Pesquisa do Einstein, Dr. Luiz Vicente Rizzo, e da Coordenadora de todas as ações conjuntas dessa iniciativa, a Médica Nefrologista, Docente e Pesquisadora do IIEP Dra. Erika Bevilaqua Rangel.

Ela explica que o NIE tem a missão de cumprir os processos com agilidade e clareza, de forma a gerar informações confiáveis e com total credibilidade. Os dados acessados tanto por profissionais da área da saúde quanto pelo público leigo interessado em tal conteúdo estão disponibilizados em um website, que tem passado por melhorias contínuas.

Para isso, a equipe conta com o apoio do Sistema Einstein Integrado de Bibliotecas (SEIB). A Bibliotecária e Coordenadora do SEIB, Edna Terezinha Rother, é a responsável pela seleção diária dos artigos. “Eu e a minha assistente pesquisamos todas as literaturas relacionadas ao novo coronavírus publicadas nos sites das instituições oficiais, nas revistas e nos jornais científicos do Brasil e do mundo”.

O seu principal critério é coletar as pesquisas que atestam evidências que impactam na aplicação da prática clínica diária e encaminhá-las ao NIE. De março a maio deste ano, foram selecionados 18.500 artigos, incluindo descrições científicas prévias, ou seja, conteúdo ainda não publicado.

Para administrar todo esse conhecimento, o NIE baseia-se em três pilares. O primeiro orienta as análises relacionadas ao diagnóstico da COVID-19, o quadro clínico do paciente e os tratamentos em investigação. “O segundo diz respeito à descrição objetiva dos artigos clínicos e pré-clínicos, desenvolvida a partir da junção de palavras e gráficos, resultando em infográficos, de modo a favorecer a consulta e o seu entendimento da forma mais rápida e precisa possível”.

O terceiro pilar foi agregar os principias achados em determinados tópicos com a finalidade de oferecer subsídios às tomadas de decisões da alta liderança do Einstein, no sentido de gerar protocolos e diretrizes institucionais para as melhores condutas e tratamentos de pacientes.

Dessa forma, cada estudo com cerca de 10 a 15 páginas tem o seu conteúdo disposto em apenas uma lâmina de slide da ferramenta powerpoint, que pode ser acessada na plataforma do Núcleo de Inteligência Einstein. Nela, é possível inclusive ler os artigos originais, na ordem em que foram analisados.

Segundo a Dra. Érika, nesse site também são encontrados os trabalhos publicados por pesquisadores e profissionais do Einstein, engajados em colaborar com estudos, a fim de auxiliar na superação das ameaças causadas pelo novo coronavírus.

Geração de capital intelectual

Incluindo a finalidade acadêmica, o material do website está sendo utilizado por professores do Ensino Einstein, os quais têm compartilhado esses conhecimentos com alunos das Graduações em Medicina e Enfermagem. “Profissionais de diversas especialidades do Einstein, assim como palestrantes de Lives em nome da Instituição, também costumam acessar o conteúdo”. Até o dia 11 de junho foram 7.290 visualizações, informa a Dra. Erika Rangel.

De acordo com ela, em breve o site terá um campo de busca capaz de selecionar artigos a partir de uma única ou mais palavras-chaves. “O que mais nos motiva como pesquisadores é sentir que também fazemos parte da linha de frente no combate à COVID-19, ajudando todos com informações fidedignas”.